O Metropolitano não quer ver as cores do clube somente nas camisas, bandeiras ou colorindo o rosto dos torcedores. O time, recém classificado para a Série C do Brasileiro, vai além: pretende colocar em prática um projeto ambiental que vai deixar, literalmente, Blumenau mais verde. O lançamento está previsto para maio, mas é na competição nacional, a partir de 6 de julho, que a cidade poderá participar efetivamente da iniciativa.

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Na Série C, cada pessoa que pagar ingresso automaticamente colabora com o “Carbono Zero”, projeto que futuramente pretende vender créditos de carbono para países desenvolvidos e que vai possibilitar o plantio de centenas de árvores em Blumenau.

– Cinqüenta centavos de cada ingresso serão destinados para o projeto. Esse valor corresponde ao custo de uma muda. Assim, cada pessoa que for ao jogo poderá dizer que plantou uma árvore – explicou Ronei Schultze, gerente administrativo do Metrô e articulador do projeto.

Além do reflorestamento, o plano prevê diversas ações ambientais, como a visita de jogadores à escolas (eles serão capacitados para falar sobre o assunto) e conscientização do público no estádio.

– Mesmo quem não agride precisa ter responsabilidade pelo meio ambiente. Queremos utilizar a paixão das pessoas pelo futebol para deixar Blumenau mais verde – disse.

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Plano é vender créditos de carbono no futuro

Para o presidente do clube, Edson Pedro da Silva, é fundamental que o Metropolitano se preocupe com questões que vão além do futebol e dos resultados dentro de campo.

– Precisamos ter uma visão global. O clube tem dever com a sociedade e se preocupa com o mundo que vai deixar para as próximas gerações – comentou.

O clube já fechou parceria com a Furb e o Samae. Conforme Schultze, professores e estudantes da universidade vão participar ativamente do projeto e vão acompanhar todo o processo de reflorestamento, desde o adubo da terra.

A longo prazo, a ação pode até gerar recursos para o clube através da venda de certificados de créditos de carbono.

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– A árvore leva seis anos para produzir o seqüestro de carbono e armazená-lo. Cada tonelada que se deixa de emitir se transforma em crédito que tem valor comercial – afirmou.