Pelos próximos 19 dias Blumenau vai respirar um clima típico de outubro, movido por sangrias, chope, alegria e dancinhas alemãs. Mas antes do pontapé inicial da Oktoberfest, ainda teve tempo para outro tipo de desfile que nos últimos meses voltou a mexer com a cidade, ao menos entre os apaixonados por futebol: o clássico entre Metropolitano e Blumenau.
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O sexto duelo entre as equipes na história foi talvez o menos animado. Não apenas por ser disputado em uma terça-feira chuvosa, quando boa parte da torcida já estava com a cabeça na folia dos pavilhões da Oktoberfest. É que o momento das duas equipes é ruim. Os times se enfrentaram pela quarta rodada da primeira fase da Copa Santa Catarina. Nos três jogos anteriores, nenhum deles venceu. Ambos vinham de um empate e duas derrotas em três jogos e dividiam a última posição do Grupo A.
Tudo isso se refletiu em um estádio do Sesi com apenas 407 pagantes para acompanhar o duelo nas arquibancadas. Quando a bola rolou, as duas equipes fizeram um clássico de pouca qualidade, mas procuraram compensar com muita briga e vontade de sair da situação incômoda. Na primeira etapa, quem comandou as ações foi o Metropolitano, que tentava descer para o campo de ataque embalado como um carro da Planetapeia na Rua XV.
Após duas chegadas de mais perigo, o time do técnico Marcelo Mabília – que acompanhou o jogo das cabines por ter sido expulso na última rodada – abriu o placar aos 19 minutos. Depois de uma cobrança de escanteio, Ari Moura aproveitou a sobra e cruzou novamente para a área. O atacante Deivid estava atento e cabeceou para o fundo das redes, abrindo o placar e animando os poucos torcedores do Metrô como a Vox 3 anima um pavilhão do Parque Vila Germânica.
Antes do intervalo, o Metrô ainda levou perigo em duas cabeçadas: uma de Elton e outra de Luís Ricardo, quase no fim da primeira etapa. Nos dois lances o goleiro do Blumenau Roger Paranhos livrou o Blumenau de ir para o vestiário com um prejuízo maior.
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No segundo tempo, o Blumenau voltou acelerado como uma choppmotorrad e logo chegou ao empate aos oito minutos. Após cruzamento pela direita, a bola passou pela grande área e o lateral Rodolfo acabou marcando contra: 1 a 1.
No restante da segunda etapa, o Metropolitano levou perigo em lances como o chute de Ari Moura de fora da área e pelo menos outras duas descidas, em que Roger Paranhos fez verdadeiros milagres, transformando-se no nome do jogo. Nos minutos finais, o Blumenau, que também levou perigo em pelo menos três descidas de contra-ataque na segunda etapa, teve a chance de sair com a vantagem.
Com o resultado, os dois times continuam na quarta colocação do Grupo A, agora com dois pontos. Os dois times voltam a campo no sábado, às 15h30min, pela quinta rodada da Copa Santa Catarina. O Metropolitano enfrenta o Fluminense de Itaum, na Arena Joinville, enquanto o Blumenau recebe o Figueirense. No site da Federação Catarinense de Futebol (FCF) a partida está marcada para o Estádio do Sesi, mas a diretoria do clube cogita levar o jogo para Jaraguá do Sul, o que pode provocar o adiamento da partida. Antes disso, entretanto, pausa para tricolores e torcedores do Metrô curtirem a alegria dos primeiros dias de Oktober.
Treinadores lamentam empate
O primeiro empate da história entre Metropolitano e Blumenau teve avaliações semelhantes para os dois treinadores. No Blumenau, a avaliação foi de que o clube poderia ter conseguido mais.
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– O resultado foi ruim para nós. No segundo tempo, (tivemos) as oportunidades claras de gol, o Blumenau teve três oportunidades em que poderia ter matado o jogo. Saímos muito tristes com esse empate – pontuou o técnico do Blumenau, Viton.
No Metropolitano, o auxiliar técnico Isaque Pereira, que comandou a equipe nesta terça-feira, também saiu descontente.
– A equipe não se comportou dentro do que a gente esperava, tivemos dificuldade nos corredores, tentamos arrumar, mas fomos infelizes no lance do gol deles, tentamos buscar o segundo, mas faltou intensidade para colocar o time deles lá embaixo. Saímos chateados com o resultado, esperávamos os três pontos – analisa.