Foi em um jogo sem muito tempero que o torcedor do Metropolitano se reencontrou com o time e viu a equipe pontuar pela primeira vez no Campeonato Catarinense de 2019. O empate em 0 a 0 com a Chapecoense serviu para colocar o time na 9ª posição, com um ponto, mais ainda com saldo de gols em menos quatro. Apesar do jogo sem gols, que deixou os 1.670 torcedores impacientes, o experiente volante Michel Schmoeller mostrou a que veio e conseguiu arrancar aplausos da torcida no fim da partida.

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O Metropolitano começou melhor no jogo, mais intenso. Começou como o torcedor queria: apertando a Chape contra o próprio gol. Aos cinco minutos de jogo, Schomoeller ganhou a jogada pela direita e levantou a bola na área, o que agitou a torcida. Segundos depois, em outra bola içada na área adversária, Negueba cabeceou e quase tirou o zero do placar. A bola tocou na trave esquerda.

Com o passar do tempo, a Chapecoense passou a gostar do jogo. Tocando a bola, o time do Oeste cadenciou o jogo, quebrou o ritmo até então frenético do Metrô e começou a impor mais risco ao gol de Igor Koehler.

Aos 37, em uma falta no meio-campo, Michel Schmoeller levou o primeiro amarelo do jogo, em uma dividida com Alan Ruschel. Em seguida, Bruno Silva bateu cruzado e a bola passou beliscando a trave do Metrô, imprimindo tensão ao rosto do torcedor.

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Na volta do intervalo, nem Metrô, nem Chape mexeram nas formações. Os dois técnicos apostavam na continuidade para mudar a história do jogo e mexer no placar. Sumido no jogo, o atacante argentino Mariano Tripodi apareceu logo no início da segunda etapa, após uma bela enfiada de bola de Ari Moura no meio da área, mas que acabou nos braços do goleiro Ivan, da Chape. O lance deu uma leve animada na torcida, que parecia não estar muito afim de fazer barulho

Quando o relógio marcou 17 minutos no segundo tempo, Mabília mexeu. Saiu Netinho, o camisa 10, que estava apagado em campo, para dar lugar a Bruninho, que entrou aplaudido pela torcida. Bruninho entrou e logo mostrou que estava afim de jogo. Aos 20, roubou a bola e armou o contra-ataque, que acabou com Ari Moura mandando um belo chute de média distância que parou na trave. A bola ainda rebateu no chão, mas que parece não ter entrado. Um lance, quem sabe, para o polêmico “VAR” (árbitro assistente de vídeo) analisar. Mas a tecnologia não estava disponível no Sesi, e nenhum jogador reclamou de forma contundente.

A Chapecoense também fez alterações, em busca do gol, mas as mexidas não surtiram efeito. Mabília fez outras mudanças no Verdão do Vale: Negueba deixou o campo, com aplausos, para a entrada de Ruan. Ele entrou agitando. Em um lance, passou por um, chapelou outro e acabou recebendo a falta. Ari Moura cobrou, mas pegou mal na bola e mandou a gorduchinha alaranjada para longe, frustrando o torcedor.

Entre vaias e palmas, uma das grandes expectativas do Metrô, o atacante Mariano Tripodi foi substituído, após atuação sem muito destaque. Nos minutos finais, o torcedor da casa ainda soltou mais um grito de “uhhh!”. Bruninho roubou a bola e entregou para Wesley Barbosa, que na frente do goleiro Ivan, chutou mal e mandou a bola no estacionamento. O torcedor ficou impaciente, muitos deixaram após o lance, antes mesmo do apito final.

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– Foi frustrante. Faltou posse de bola, entrosamento e acima de tudo ousadia para o Metrô. Por isso que não saiu o gol, mesmo o time sendo melhor que a Chapecoense – esbravejou o torcedor Eduardo da Cunha, na saída do estádio.

Agora, a equipe do técnico Marcelo Mabília tem dois dias para corrigir os erros e se concentrar para enfrentar o Joinville nesta quarta-feira, às 19h, no Estádio do Sesi.

Ficha técnica

METROPOLITANO 0

Igor Koehler; Paulinho, Café, Clau e Jefinho; Leandro Melo, Michel Schmoeller, Negueba (Ruan), Netinho (Bruninho) e Ari Moura; Trípodi (Wesley Barbosa). Técnico: Marcelo Mabília.

CHAPECOENSE 0

Ivan; Marcos Vinícius, Joilson, Luiz Otávio e Alan Ruschel; Elicarlos, Orzusa (Tharlis), Bruno Silva e Yann Rolim (Régis); Roberto (Alan) e Lourency. Técnico: Claudinei de Oliveira.

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Local: Estádio do Sesi, em Blumenau, neste domingo. Arbitragem: Willian Machado Steffen, auxiliado por Johnny Barros de Oliveira e Bruno Müller. Público: 1.670 pessoas. Renda: R$ 42.100,00.