Nem Elton estava lá. O veterano de seis temporadas e 118 jogos com a camisa do Metropolitano é, de longe, o jogador do atual elenco que mais tem ligação com o clube. O zagueiro chegou no segundo semestre de 2011 para a disputa da Série D do Brasileiro e, de lá para cá, nunca deixou o gramado da Arena Joinville com o gosto da vitória.
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O tabu se estende desde aquela tarde encalorada de 13 de fevereiro de seis anos atrás, que terminou com uma clássica trovoada de verão. Com uma campanha ruim e prestes a demitir o treinador, poucos imaginavam que o Verdão pudesse incomodar o JEC. Golear? Só se fosse pelos lados tricolores da história. Mal sabiam todos que a chuva que caiu sobre a cidade deu ares de dramaticidade aos gols de Matheus (duas vezes), Rafinha e Jonatas, protagonistas da vitória verde por 4 a 1.
Desde então foram oito jogos, com três empates e cinco vitórias do Joinville nesse intervalo – em jogos válidos tanto pelo Campeonato Catarinense quanto pela Copa Santa Catarina. Para mudar esse histórico e quebrar o tabu prestes a completar seis primaveras, o técnico do Metropolitano, Cesar Paulista, quer usar a pressão pela primeira vitória no Estadual vivida pelo adversário para cavar um bom desempenho. A ideia do treinador é pressionar o JEC durante os primeiros minutos, tudo para aumentar a responsabilidade tricolor no início do jogo.
– Desde que eu jogava no Juventus, e isso faz tempo, era a mesma coisa. Íamos jogar com o Corinthians que vinha pressionado com 50 mil pessoas no estádio. Aí segurávamos a partida para pôr a torcida contra o time, para aumentar a pressão. O que nós precisamos amanhã (hoje) é de inteligência para inverter o papel do torcedor e jogá-los contra o próprio time – destaca o técnico do Metropolitano.
Bola parada e conversa no último treino
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Com o quadro montado, como um verdadeiro professor, Cesar conversou com oito dos 11 titulares em separado antes do treino de ontem. Primeiro chamou o quarteto Mazinho, Thiago Cristian, Jean Moser e Sabiá para um bate-papo de 15 minutos sobre a forma que quer vê-los em campo. Depois, a reunião foi com os laterais Maranhão e Juninho, e os volantes Elber e Valkenedy sobre o posicionamento defensivo.
No gramado da Associação da Altona, o trabalho foi para evitar sufoco em bolas paradas. Os atletas fizeram um treino defensivo em situações de falta e escanteio, como forma de evitar gols em um dos pontos considerados mais frágeis do Metrô. Cesar ainda pediu para que os jogadores diminuam os erros de passe, ganhem mais a segunda bola e partam para cima do adversário, usando o recurso da individualidade com mais intensidade.
– O momento é ideal porque estamos em uma boa posição, ganhamos um jogo e temos moral. Para uma equipe como a nossa, ganhar duas partidas seguidas é um crescimento enorme, mas, para isso, temos que ir lá dentro, com calma, e errar o menos possível – argumenta.
Para voltar a vencer na Arena seis anos depois, o Metrô irá com a mesma formação que iniciou o jogo contra o Brusque. Tudo para dar sequência e entrosamento aos jogadores que vêm em uma evolução desde a estreia.
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– Estamos crescendo jogo após jogo e isso vai nos dando cada vez mais confiança. Precisamos ter calma e segurar a pressão deles, sem querer ir de qualquer jeito para o ataque – comenta o atacante Sabiá.
Fora de campo, a diretoria do clube blumenauense fez a sua parte. Na segunda-feira todos os salários foram depositados e os direitos de imagem – que normalmente são pagos no dia 20 de cada mês – entraram na conta dos atletas de forma antecipada.
JOINVILLE
Jhonatan; Caíque, Henrique Mattos, Max e Fernandinho; Roberto, Renan Teixeira, Fabinho Alves, Lúcio Flávio e Alex Ruan; Aldair. Técnico: Fabinho Santos.
METROPOLITANO
Vilar; Maranhão, Maurício, Elton e Juninho; Elber, Valkenedy, Mazinho e Thiago Cristian; Jean Moser e Sabiá. Técnico: Cesar Paulista.
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Data: Nesta quarta-feira, 21h45min
Local: Arena Joinville, em Joinville.
Arbitragem: Edson da Silva, auxiliado por Diego Leonel Félix e Eli Alves.