Parafraseando Rafael Malenotti e sua semirrouquidão crônica, definitivamente de hoje não pode passar. Das aventuras que se passaram até agora para o Metropolitano no Campeonato Catarinense, nenhuma foi tão importante quanto será o desafio de hoje à noite, às 20h30min, contra o Almirante Barroso.

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Se para a saúde o dia D é a principal data de uma campanha de vacinação e para os militares denota o momento específico para um ataque, a expressão passa a fazer sentido também para o futebol blumenauense: ou o Verdão de Blumenau ganha, ou então as rodadas finais serão apenas um martírio gradativo àqueles que alimentam em si a esperança de ver o clube se livrar do rebaixamento à segunda divisão.

O palco será o Estádio do Sesi, o mesmo que viu uma empolgante vitória contra o Brusque no primeiro turno, um sofrido triunfo sobre o Inter de Lages, e outros embates travestidos de sofrimento – e um tantinho de irritação. É ali mesmo, entre os morros do Vorstadt, as cadeiras verdes e a casinha de atendimento ao turista cercada de capim, que o Metropolitano precisa vencer. Não precisa jogar bem, não precisa ser de goleada, não precisa ser com facilidade.

Pode ser 1 a 0, sofrido, como aquele sobre o Brusque com gol de Jairo Pastel em 2011, ou então como a angustiante virada por 2 a 1 contra a Chapecoense no ano passado. Qualquer coisa, desde que, é claro, a tentativa de pegar no sono de hoje para amanhã seja um grande universo paralelo: em vez de pessoas contando ovelhinhas, Ovelha contando os três deliciosos pontinhos a mais na classificação.

É verdade que uma vitória não tira ainda o Metropolitano da zona do rebaixamento, mas é o combustível que falta para o clube sair da reserva e ter uns litros a mais de esperança no Estadual. Para vencer, o técnico do clube blumenauense aposta na ousadia: será o primeiro jogo com apenas um volante (Carrasc), três meias ofensivos (Thiago Cristian, Mazinho e Beto) e dois atacantes (Trípodi e Sabiá).

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Na lateral-direita, sem Breno e Maranhão, machucados, e Valkenedy, expulso, o técnico escalará Willian Duarte. Esquema ofensivo para bater um adversário direto e seguir firme na luta contra o rebaixamento.

Torcida prepara festa

para recepcionar o time

Com o objetivo de empurrar o grupo de jogadores para a vitória contra o Barroso, a torcida do Metropolitano organiza uma recepção aos atletas na entrada do Estádio do Sesi, na Rua Itajaí. A chegada prevista da delegação é às 18h30min, e os torcedores pretendem fazer uma grande festa com sinalizadores e fumaça, para mostrar uma união para lá de necessária nas rodadas finais do Campeonato Catarinense. O convite é aberto e qualquer um pode participar.

METROPOLITANO

Vilar; Willian Duarte, Júnior Fell, Elton e Juninho; Carrasco, Mazinho, Thiago Cristian e Beto; Trípodi e Sabiá. Técnico: Mauro Ovelha.

ALMIRANTE BARROSO

Rodolfo; Nei, Robenval, Zé Luís e Adriano Chuva; Fábio Buru, Van Basty, Rosinei, Diogo Dolem e Safira; Jefferson Paulista. Técnico: Renê Marques.

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HOJE | 20h30min

Local: Estádio do Sesi. Arbitragem: Leandro Messina Perrone, auxiliado por Kléber Lúcio Gil e Carlos Felipe Schmidt.