Metrô, Brusque e Marcílio Dias tentam reviver um passado de tradição no futebol

Campeonato Catarinense chega à última rodada da primeira fase com a possibilidade de ter três times do Vale do Itajaí no quadrangular semifinal. O Metropolitano já está lá. O Brusque está perto e o Marcílio Dias tem chances. Cenário que há tempos não era visto. As últimas vezes que uma equipe da região esteve perto do título foram em 2004 e 2005, no duplo vice-campeonato do Atlético de Ibirama.

A região conta com um total de oito títulos catarinanses (confira no infográfico abaixo). O último título para uma equipe do Vale veio em 1992, com o Brusque. Zagueiro daquele time, Solis Queirós Duarte, 53 anos, hoje comanda uma escolinha em Brusque e acredita que o time tem boas chances de chegar ao quadrangular:

– Vai ser muito bom se acontecer. A gente sabe como é difícil fazer futebol hoje em dia e o esforço dessas pessoas merece ser recompensado.

O Marcílio Dias, que acumula vários vice-campeonatos, só foi campeão em 1963. Até o final da década de 1960, por sinal, era comum ver as equipes do Vale brigando por título (confira o histórico na tabela). Goleiro do time rubro-anil que foi campeão, Jorge Batista, 77 anos, conta qual é o segredo:

– Falta investimento na base. É comum um time ficar três meses parado e aí, quando tem jogo, chama um monte de medalhões. Na hora de usar garotos da base, colocam na fogueira. Não é assim que se faz.

Para Blumenau, o tempo sem título estadual é maior. O último conquistado foi em 1962, com o Olímpico. Walmor Belz, 82 anos, campeão em 1949 como jogador e bi em 1962, como médico, aponta uma questão cultural para explicar a demora:

– Para o Metrô ser campeão vai precisar de comprometimento com a comunidade. Principalmente com os empresários, que ainda são reticentes em apoiar o futebol.