Uma Chapecoense embalada, motivada, doida para conquistar o returno do Campeonato Catarinense. Pode até parecer que estamos falando de 2017 onde, com seis vitórias consecutivas — contando Estadual e Recopa Sul-Americana — o time do técnico Vagner Mancini vem em uma quinta marcha para lá de engatada, mas não é.

Continua depois da publicidade

É de quase um ano atrás, época em que o Verdão do Oeste liderado pelos saudosos heróis Danilo, Cléber Santana, Bruno Rangel e companhia chegava invicto para enfrentar o Metropolitano que — adivinha? — lutava contra o rebaixamento.Entre as coincidências que cercam o confronto de domingo, às 16h, no Estádio do Sesi, é em só uma que o clube blumenauense se apega: o resultado que ficou marcado ao fim da partida.

Com gol do zagueiro Ricardo Lima, aos 48 minutos do segundo tempo, o Metrô aplicava um 2 a 1 que poucos acreditavam, derrubava um time que até então em 2016 estava invicto e ganhava fôlego contra o descenso à Série B do Catarinense. Hoje o autor do gol da vitória está distante – atua pelo River Plate do Uruguai –, mas outro cinco atletas que testemunharam aquela noite épica de domingo ainda integram o grupo de jogadores do Verdão de Blumenau.

Um deles é o zagueiro e capitão Elton que, na entrada da pequena área, a poucos metros da meta, assistiu ao gol do companheiro de defesa e foi o primeiro a erguer os braços em comemoração. O momento, para ele, embora tenha lá suas semelhanças, é completamente distinto e precisa ser tratado como tal pelos jogadores. Mas um sentimento precisa ser idêntico àquele 10 de abril de 2016: a vontade em vencer e dar a volta por cima.

Continua depois da publicidade

— Tem que ser! A gente não pode vacilar. Precisa ser igual ao ano passado, quando eles estavam invictos e nós conseguimos quebrar essa invencibilidade. O momento é bom, a gente vive uma fase legal com o grupo e vamos levar isso para dentro de campo — destaca o zagueiro e detentor da faixa de capitão no último jogo, em Lages.

Semana cheia de trabalho para Ovelha

Depois de quatro jogos consecutivos em um espaço de 11 dias — nos duelos contra Brusque, Joinville, Almirante Barroso e Inter de Lages —, essa foi a primeira semana que o técnico Mauro Ovelha teve completa para trabalhar com o grupo.

Os problemas que antes eram resolvidos na conversa, passaram a ser trabalhados dentro de campo, com soluções táticas – como em bolas paradas, por exemplo. Tudo porque, conforme o treinador, o adversário vive seu melhor momento dentro do Estadual.

Continua depois da publicidade

— E por isso nós precisamos minimizar erros. Não dá para dar tanta margem à Chapecoense. Precisamos de três coisas: estarmos em alto nível, muita concentração e nos superarmos em campo — pondera Ovelha.