Os metalúrgicos da unidade da General Motors (GM) em São José dos Campos (SP) decidiram parar as atividades nesta quinta-feira e retornar ao trabalho apenas amanhã.

Continua depois da publicidade

De acordo com nota divulgada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, a empresa concedeu licença remunerada hoje a todos 7,2 mil trabalhadores. “O principal objetivo da manifestação foi exigir da presidente Dilma que receba os trabalhadores e intervenha para impedir a demissão em massa que a montadora está prestes a concretizar”, diz o texto da nota.

O sindicato dos metalúrgicos enviou hoje uma carta à presidente Dilma Rousseff relatando a versão dos trabalhadores neste caso específico da GM. “É inaceitável que os 2 mil pais e mães de família que correm o risco de serem demitidos sejam tratados pelo ministro (da Fazenda, Guido Mantega) como números frios de uma estatística”, diz um trecho da carta.

Pesquisa feita pelo Dieese com base em dados do Caged mostra que desde julho do ano passado a GM apresenta um saldo negativo de 1.189 postos de trabalho. O ministro Mantega, porém, após reunião realizada ontem com representantes da GM, endossou números positivos apresentados pela montadora, o que gerou críticas por parte do sindicato.

No sábado haverá mais uma reunião entre sindicalistas e representantes da GM mediada pelo Ministério do Trabalho, com presença, ainda, de representantes do governo estadual de São Paulo e da prefeitura de São José dos Campos. Hoje o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, recebe sindicalistas para tratar do mesmo tema.

Continua depois da publicidade