Depois de uma negociação difícil, com duas derrotas em assembleias, as empresas do setor metalúrgico de Joinville conseguiram a aprovação, por unanimidade, da proposta submetida a votação pelo sindicato no último dia 4, encerrando a negociação salarial de 2016.

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A categoria receberá reajuste de 7,5% (índice abaixo da inflação) em duas parcelas, mais abono de até R$ 1.250. Quando as partes sentaram à mesa para negociar pela primeira vez, o sindicato não abria mão da reposição integral da inflação (INPC de 9,91%) ainda que o valor fosse parcelado, enquanto o patronal chegou com reajuste zero, oferecendo somente abono.

A pressão do setor automotivo em cadeia contribuiu para o resultado final, como explica o presidente do sindicato laboral, Sebastião de Souza Alves. Segundo ele, muitas montadoras disseram formalmente que não aceitariam aumento no preço dos produtos por causa do reajuste salarial concedido aos trabalhadores e que, se isto acontecesse, optariam por fornecedores chineses. A categoria encarou a situação como ameaça ao emprego.

Assim, quando as empresas metalúrgicas de Joinville cederam um pouco ao sair do zero e repor parcialmente a inflação, além do abono previsto inicialmente, os trabalhadores não tiveram dúvidas em apoiar a proposta patronal. Uma negociação típica de momento de crise e que segue o panorama estadual.

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Principais pontos da proposta aprovada

– Renovação CCT 2016/2017.

– Reajuste salarial de 5% a partir de 01 de abril e 2,5% em agosto, sobre o salário de 31 de março de 2016.

– Reajuste no piso salarial da categoria 5% abril e 2,5% em agosto sobre o salário de 31 de março.

– Abono de até R$ 1.250.