O estrago deixado pela rebelião de presos no Presídio Masculino de Lages, na Serra Catarinense, na tarde desta quinta-feira, exigirá a transferência de pelo menos metade dos detentos da unidade. O prédio do Bairro São Cristóvão está superlotado atualmente por conta da falta de vagas em outras regiões do Estado. São 267 homens em um espaço destinado a somente metade disso.

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Segundo diretor do presídio, Marcio de Oliveira, a estrutura ficou bem danificada. A confusão teria iniciado, de acordo com ele, por conta da briga entre dois detentos:

— Eram uma intriga antiga. Eles começaram a brigar e os outros presos fizeram bagunça. A gente interviu e fechou o pátio, mas eles se exaltaram e acabou tomando uma proporção muito grande.

Oliveira descartou o envolvimento de facções criminosas no confronto, assim como ocorre no Norte do país. Onze presos ficaram feridos e um deles está hospitalizado com queimaduras. O restante já retornou para a unidade.

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O diretor trabalha no momento para conseguir vagas em outras unidades para levar os presos que precisam se transferidos. O presídio onde ocorreu a rebelião foi construído em 1968. Há outra unidade na cidade, que fica no Bairro Santa Clara. A OAB afirma que a estrutura do São Cristóvão está superlotada e com sérios problemas.

Governador se manifesta

Durante a tarde, o governador Raimundo Colombo (PSD) estava em Lages para uma inauguração no Hospital Tereza Ramos. Após a solenidade, ele disse que a “equipe de segurança agiu rapidamente a essa situação que preocupa”.