Metade dos postos de saúde de São Francisco do Sul, no Litoral Norte, está sem atendimento médico. O problema acontece há pelo menos sete meses e afeta cerca de 24 mil moradores — já que cada uma das seis unidades assiste 4 mil pessoas.
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As unidades de saúde estão operando sem os profissionais desde o ano passado por motivos variados, como aposentadorias, licenças e pedidos de exoneração. Embora tenha sido realizado um processo seletivo em fevereiro de 2022, as vagas não foram preenchidas.
De acordo com o município, isso acontece porque a remuneração desestimula a permanência dos médicos. No concurso realizado há um mês, por exemplo, quatro profissionais se inscreveram, mas nenhum deles se interessou pelo salário médio de R$ 9 mil.
Ainda conforme o governo municipal, durante um ano, a Lei Federal 173 impediu que houvesse reajuste no piso da classe. Para resolver a situação, foi feito um estudo do impacto financeiro, e a prefeitura enviou para a Câmara de Vereadores um projeto que visa fornecer ajudas de custo e agregar o salário dos profissionais que atuam na cidade. O novo valor, com reajuste, pode chegar a R$ 19 mil. A proposta aguarda o parecer da Casa.
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Além disso, na próxima semana, será realizado mais um processo seletivo para tentar preencher essas vagas.
Apesar da falta de médico, a prefeitura garante que nenhum paciente está desassistido. Os casos mais graves estão sendo transferidos para unidades de saúde mais próximas que possuem profissionais.
Como está a situação de cada posto
– Posto de Saúde Acaraí: médico pediu demissão
– Posto de Saúde da Enseada: médica se aposentou
– Posto de Saúde Miranda: médica em licença maternidade
– Posto Rocio Grande: sem médico
– Unidade Básica de Saúde Tapera: médico pediu demissão
– Posto de Saúde Iperoba: médico apenas uma vez na semana
– Posto de Saúde do Ervino: com médico
– Posto de Saúde do Forte: com médico
– Posto do Majorca: com médico
– Posto do Paulas: com médico
– Posto Sandra Regina: com médico
– Posto Vila da Glória: com médico
– A Policlínica de Referência Micro Regional (Premier), Hospital Maternidade Nossa Senhora da Graça e a UPA 24 horas, também unidades públicas, seguem com atendimento normalizado
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