O regime de metas de inflação do Brasil passará do sistema de ano-calendário para contínuo a partir de 2025. O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad, em reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), nesta quinta-feira (29). O alvo a ser perseguido deverá ser o índice de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto porcentual.

Continua depois da publicidade

Receba notícias de Santa Catarina pelo Whatsapp

“Eu anunciei ao CMN, porque isso é um ato de prerrogativa do presidente, uma mudança do regime em relação ao ano calendário, de maneira que, agora, conforme já tinha manifestado minha simpatia por uma mudança nesse padrão, nós adotaremos a meta contínua a partir de 2025”, afirmou Haddad em entrevista coletiva à imprensa.

Ele explicou que a mudança a partir de 2025 foi definida porque será a data em que se iniciará o mandato do próximo presidente do Banco Central.

Haddad disse que foi decidido manter a meta em 3% devido aos indicadores econômicos e que os índices de preços têm mostrado queda acentuada.

Continua depois da publicidade

Ele frisou que a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 já está praticamente em 3,0% e que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já comunicou que projeção de inflação de 2025 da autoridade monetária já está em 3,1%.

“A mudança no ano-calendário é fundamental para o futuro do País O Brasil estará em sintonia com demais países do mundo”, disse Haddad.

O ministro da Fazenda afirmou ainda que a reunião do CMN foi “particularmente importante” para tratar de assuntos cruciais ao Brasil.

Plano Safra

Em relação ao Plano Safra, ele disse que todos os votos foram validados por unanimidade e que já havia concordância do Banco do Brasil e que o sistema bancário passa a atuar, como foi proposto por governo, no Plano Safra.

Continua depois da publicidade

Uma coletiva técnica posteriormente detalhará esses votos.

* Com informações de Fernanda Trisotto, Thaís Barcellos e Amanda Pupo, da Agência Estado

Leia também

PT e MDB fazem “cabo de guerra” em SC por entregas do governo Lula

PF pediu fechamento da Esplanada 8 de janeiro por risco de golpe, mas governo do DF negou

Justiça mantém prefeito de SC preso e critica proposta da defesa: “Moeda de troca”