Restruturação, reorganização ou recomeço. Qualquer palavra voltada à administração e com o prefixo “re” cabe bem ao Figueirense para 2019. O novo ano começou ainda em dezembro, com mudança profunda na gestão. A crise financeira que emperrou o clube e o desgaste fizeram Cláudio Vernalha deixar o cargo e Claudio Honigman, então diretor comercial, assumir como presidente. Desde então, o trabalho dos novos diretores é voltado para retomar a credibilidade do clube. No entanto, sabe que isso também passa pelo campo.
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Para buscar os resultados dentro das quatro linhas, o Figueira conta com o técnico Hemerson Maria. O trabalho dela começa com participação na montagem do elenco. Sem recursos e com a dificuldade financeira notória no meio futebolístico — com redução da folha do futebol pela metade, estimado em R$ 500 mil —, o clube prioriza jogadores polivalentes e, sobretudo, comprometidos.
— Mesmo com um time mais barato, não significa que seremos competitivos. Algumas valências vão mudar. Talvez não tenhamos um time tão técnico como nos outros anos, mas será aguerrido e brigador — garante o diretor executivo Fernando Kleimmann.
Com poucos remanescentes, novos jogadores e outra comissão técnica, somada a mudança na administração, o Figueirense terá um 2019 de restruturação, mas não deixa o futebol de lado. Com dois adversários na elite, não é o favorito ao Catarinense. Porém, sonha em colocar a mão na taça pelo segundo ano seguido.
— Não é laboratório, mas vamos usar para preparar ao time para a Série B. Confiamos nos atletas que estão vindo, e que realmente querem vir, para estarmos entre os semifinalistas— reitera.
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A Copa do Brasil, segundo torneio no calendário, é a menina dos olhos da diretoria. É a competição que mais paga, com bons prêmios à medida que o time avança de fase. Na Série B, o desejo sempre é o do acesso, ainda que seja preciso ter uma equipe bem encaixada.
— Temos de recuperar a credibilidade neste começo de ano para fortalecer o time na Série B. Vamos tentar melhorar a condição financeira, com mais receitas e patrocínios, e investir mais no elenco — diz Kleimmann.