Jael chegou ao Joinville com uma grande responsabilidade: vestir a camisa que Lima usou durante tanto tempo, até virar o maior artilheiro da história da equipe, não é uma tarefa fácil, ainda mais quando é preciso lidar com a sobra que o atacante deixou quando saiu do clube. Menos de três meses depois de sua contratação, Jael já conseguiu mostrar o seu valor. Na última sexta-feira, contra o Paraná, o camisa 9 chegou à marca de nove gols pelo JEC – motivo especial para “AN” mostrar como o Cruel tem sido importante e decisivo para o Tricolor.

Continua depois da publicidade

Jael já começou 11 partidas como titular do JEC, balançando as redes nove vezes. Na sua estreia, quando saiu do banco para encarar o Atlético-Ib, ele não marcou, mas foi decisivo: sofreu um pênalti e uma falta que acabaram em festa nas arquibancadas. Mas mais impressionante do que os números de Jael – que marca um gol a cada 109 minutos em campo – é a qualidade que o atacante tem mostrado para definir as jogadas.

Mesmo com pouco tempo de casa, ele já vai se destacando pelos golaços: foram pelo menos três. A perna direita é a mais mortal – com ela, fez seis gols. De esquerda, fez dois. E, de cabeça, anotou o último, que decretou a vitória por 3 a 2 sobre o Paraná.

O oportunismo também é uma marca do goleador. Aproveitando rebotes, ele fez gols contra o Figueirense, no Orlando Scarpelli, e contra o Criciúma, que garantiu ao JEC a classificação antecipada para a final do Estadual.

O contrato do atacante com o Joinville vai até o fim do ano. Se ele continuar assim, ninguém será capaz de duvidar de que, neste ano, o Tricolor encontrou o cara que o colocará na Série A.

Continua depois da publicidade

As pinturas de Jael

Sem-pulo

O terceiro gol de Jael com a camisa do JEC foi no quadrangular do Estadual, contra o Figueirense, na Arena. Marcelo Costa cruzou da direita, Tiago Volpi tirou de soco e o Cruel, da entrada da área, sem deixar a bola cair, soltou um torpedo. O goleiro ficou olhando a bola entrar.

Voleio

O único ponto positivo no dia em que o JEC empatou por 2 a 2 com o Novo Hamburgo, e acabou eliminado da Copa do Brasil, foi ver a pintura que Jael fez. Edigar Júnio cruzou a bola pelo lado direito e o camisa 9, perto da marca do pênalti, emendou um voleio magistral.

De prima

Na última sexta-feira, contra o Paraná, Jael fez mais uma das suas. Marcelo Costa, de antes do meio de campo, lançou o atacante em velocidade. Ele ganhou na corrida de dois defensores e não esperou a bola quicar pela segunda vez: emendou de primeira, sem chance para o goleiro.