Nesta sexta e sábado, o Instituto Tachibana de Aikido, de Joinville, vai promover no Teatro Juarez Machado, um seminário sobre a arte marcial aikido. O evento contará com a participação do mestre Masakazu Kitahira, que vem do Japão junto com uma comitiva para visitar o instituto que leva o seu nome e transmitir seus conhecimentos.

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Marcos Tavares, presidente e instrutor responsável do instituto, conta que faz 20 anos que o aikido está na cidade, e que a necessidade de criar o espaço onde são oferecidas as aulas atualmente, nasceu da ideia de ter um ambiente que caracterizasse a arte e fosse um diferencial

-Em 1994 o sensei mestre Fernando Pilz, iniciou os treinos de aikido em Joinville na Associação Colon de Judô. Mais tarde queríamos um lugar que tivesse um diferencial e, em 2008 começamos a construir o espaço-, relata.

O Instituto Tachibana, que em japonês recebe o nome de ‘Dojo Aikido Kitahira Shihan’, é uma homenagem feita para o mestre de 80 anos que nessa semana chega em Joinville, como destaca Marcos.

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-O mestre Kitahira, que mora em Hiroshima, não conseguiu vir para a inauguração do espaço em 2011 por sua condição física, mas soube do evento, e também que esse é o único espaço que leva o seu nome. Dessa vez, acreditamos que a vinda dele para o Brasil seja a sua última viagem longa que fará, por conta da idade e da distância-, diz o instrutor.

O aikido, que é traduzido como “o caminho da unificação da energia da vida” ou ainda “o caminho do espírito harmonioso”, e trata de uma arte marcial em que o aikidoka (praticante de aikido) pode se defender a partir do ataque adversário.

Os praticantes respeitosamente chamam seu criador de ‘O-Sensei’ -grande mestre ou fundador-, traduzido para o português. Marcos explica que nessa modalidade não existem campeonatos, e a ideia principal da arte é a harmonia e equilíbrio interno do homem.

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-Não há qualquer forma de competição. No aikido, a pessoa que treina comigo não é um inimigo, e sim alguém que me ajuda a evoluir. Não queremos testar o melhor, pois isso é uma busca muito pequena-, aponta.

Na prática diária, o instrutor conta que procura incentivar seus alunos a interagir com o outro respeitando as diferenças, o que, segundo ele, colabora na evolução do ser humano.

-A primeira coisa que falo para meus alunos é para terem paciência. Mas não é paciência com o outro, é consigo mesmo. Para trabalhar com crianças usamos a pedagogia, já com adultos, a andragogia, já que ele sente a necessidade de saber onde será ultilizado o que você está ensinando-, destaca.

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O Instituto, que funciona na rua Xanxerê, 71, no bairro Saguaçu, em Joinville, oferece aulas de segunda à sábado, nos três períodos, conforme a necessidade do aluno. As aulas atendem o público que vai de crianças a partir de três anos até adultos e idosos.

Atualmente, o Instituto Tachibana atende em Joinville com uma média de 110 alunos e possui filial no município de Jaraguá do Sul.