Poder ampliar os conhecimentos e ainda aplicar um estudo na área em que atua profissionalmente foi o que motivou o arquiteto Lair Schweig a cursar um mestrado profissional há sete anos. Sem interesse na área acadêmica, a opção oferecida pela Universidade de Sevilha, na Espanha, na área de Cidade e Arquitetura Sustentável, pareceu um bom negócio. Os estudos e a experiência internacional contribuíram para a sua carreira.
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– Acabo utilizando os conhecimentos que eu tive nos meus projetos. A experiência abre os horizontes e partir daí você vai buscando outros conhecimentos – explica.
Em 2007, quando viajou, Schweig não tinha conhecimento de mestrados profissionais oferecidos no país. Embora esta modalidade tenha sido criada em 1998 pela Coordenação Pessoal de Aperfeiçoamento de Nível Superior (Capes), ela foi regulamentada apenas em 2009. Atualmente, existem no Brasil 3.157 cursos de mestrado acadêmico contra 572 de mestrado profissional reconhecidos pela Capes. A opção surgiu para atender à demanda de qualificação profissional diferente da propiciada pelo mestrado acadêmico.
– O maior uso de tempo dos estudantes e professores no mestrado profissional é a realização da pesquisa individual aplicada, e não a sala de aula – explica o pró reitor de pesquisa da UniSociesc Edgar Augusto Lanzer.
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Devido a esta ênfase, o trabalho de conclusão final do mestrado profissional não precisa ser, necessariamente, uma dissertação. Pode ser um projeto prático como a produção de um manual de operação técnica, protótipos para desenvolvimento ou produção de instrumentos e equipamentos.
O engenheiro Saulo Marcos Werlich, que trabalha no meio industrial há 13 anos, decidiu cursar um mestrado profissional por ver no curso stricto sensu uma oportunidade de ampliar seus conhecimentos na área científica, algo que considera mais aprofundado do que o oferecido nas especializações.
– Procurei aliar essas duas coisas. O mestrado profissional me ajudou a pegar as dificuldades do dia a dia e pensá-las sob uma ótica acadêmica e de pesquisa – explica.
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A escolha do profissional sobre qual pós-graduação cursar depende de seus anseios e objetivos profissionais. Mas, segundo o pró reitor de pós graduação, pesquisa e extensão da Estácio de Sá em Florianópolis, Jorge Elias Dalzan, há dois bons momentos para se fazer um curso: quando o profissional finaliza a graduação e percebe que não está pronto para o mercado e quando ele já trabalha e quer complementar a sua habilidade. Em qualquer uma das opções, recomenda-se buscar instituições reconhecidas e com profissionais qualificados.
Entenda as características de cada curso de pós graduação
Latu sensu: todo e qualquer curso que se segue à graduação. Inclui as especializações e MBA. Têm objetivo técnico profissional específico e sua meta é o domínio científico e técnico de uma certa e limitada área do saber ou da profissão. Concede ao profissional um certificado de especialista e costumam durar de um a um ano e meio. A diferença da especialização para o MBA é que o segundo é focado em gestão de negócios e empresas.
Stricto sensu: abrange os cursos de mestrado e doutorado. Seu objetivo é aprofundar a formação adquirida na graduação. Ao final do curso, o profissional obtém um grau acadêmico. A diferença entre o mestrado e doutorado é o grau de profundidade dedicado ao estudo do objeto de pesquisa. E o mestrado profissional têm ênfase nos problemas práticos do ambiente de trabalho. O mestrado não é, obrigatoriamente, um requisito para inscrição em doutorado. Os cursos duram no mínimo um ano para o mestrado e dois para o doutorado.
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Fonte: Coordenação Pessoal de Aperfeiçoamento de Nível Superior (Capes)