Um clássico nunca é em vão. Mesmo com o Figueirense já classificado para o Hexagonal e o Avaí sem chances de ir à fase decisiva, Avaí e Figueirense empataram em 1 a 1 jogando como se disputassem uma decisão de campeonato. Num jogo com expulsões, jogadas ríspidas, chances de gols dos dois lados, o resultado foi justo. E os gols saíram dos pés justamente dos dois melhores em campo: o meia e ídolo Marquinhos, que voltava ao time, e Mazola, que cumpriu função tática diferenciada.

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Os dois treinadores, Geninho do Avaí e Argel do Figueirense, escalaram equipes com três volantes. O Avaí abrindo mão de Rômulo e buscando consistência tática para liberar Marquinhos na criação. E o Figueirense sem Jean Deretti por opção tática (já não tinha Ricardinho, machucado), com Fabinho escalado ao lado de França e Paulo Roberto, demonstrando interesse em vigiar Marquinhos de forma mais intensa. Mazola foi incumbido da função de criação, embora não seja sua especialidade.

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Mazola não imaginava que antes de desempenhar sua nova função seria brindado com um presente: Clayton fez linda jogada pelo lado esquerdo, foi até a linha de fundo e cruzou com precisão para Mazola marcar. Como mérito do atacante (hoje meia) a precisão no posicionamento para conferir em direção ao fundo da rede.

Primeiro tempo com gol relâmpago e dois cartões vermelhos

O precisou de alguns minutos para respirar e tentar entender o que tinha acontecido. Aos poucos, começou a propor mais o jogo e a chegar mais perto da área alvinegra, sem ameaçar, contudo, a meta do goleiro Alex com maior perigo. O Figueira, principalmente na velocidade de Clayton, passou a estocar com perigo em contra-ataques.

O meio-campo avaiano ganhou uma referência em Marquinhos, que carimbava todas as cobranças de falta em direção à área, mas o meia nitidamente entrou em campo sem ritmo de jogo. Quando pôde, Marquinhos tentou dar assistências, principalmente pelo lado esquerdo alvinegro, com Anderson Lopes em cima de William Cordeiro.

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O jogo foi truncado e também com muita discussão e confusão na primeira etapa. Aos 24 minutos o jogo ficou parado por quase três minutos após William Cordeiro levar amarelo ao fazer falta em Marquinhos. Anderson Lopes discutiu com William e ambos foram expulsos pelo árbitro Sandro Meira Ricci.

O primeiro tempo ainda teve como ocorrência a saída do volante Paulo Roberto, que sentiu lesão. Pago entrou na vaga e no seu primeiro lance levou amarelo. E, aos 42 minutos, a grande chance de empate para o Leão: André Lima errou o alvo dentro da pequena área, cara a cara com o goleiro Alex.

Ao final da etapa, o que se viu foi um Avaí com mais posse de bola, mais interessado em tramar jogadas e um Figueirense focado somente nos contra-ataques. O time da casa perdeu taticamente com as expulsões, já que William Cordeiro pouco estrago fez com sua saída, já Anderson Lopes era uma opção consistente de ataque.

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Segundo tempo, brilha e estrela de Marquinhos.

Os dois times voltaram sem modificações para a segunda etapa. E por consequência o quadro não mudou: o Avaí propondo o jogo, o Figueirense se defendendo e especulando chances de contra-atacar.

Enquanto Marquinhos abusava de alçar bolas na área, muitas vezes de forma improdutiva, Mazola perdia mais chances, uma delas, aos 8 minutos, poderia ter feito seu segundo gol, entrou cara a cara com Vagner, mas tropeçou no gramado e perdeu o tempo de bola.

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Até que quem tem estrela, não deixa de brilhar. Numa falta, aos 10 minutos, o Galego cobrou na barreira, a bola voltou para ele: de bate pronto, da entrada da área, venceu o goleiro Alex, estabelecendo o gol de empate.

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O Avaí continuou com mais posse de bola até os 30 minutos, momento em que o time visitante estava com menos gás. Tanto que Marcão deu lugar a Carlos Henrique antes dos 20 minutos da segunda etapa.

A entrada de Carlos Henrique devolveu vitalidade ao Figueirense, que voltou a agredir, enquanto o Avaí cadenciou mais suas ações, sem deixar de ser perigoso sempre com jogadas que nasciam nos pés de Marquinhos.

Mas quem terminou em cima foi o Leão, que perdeu chance incrível aos 42 minutos, com Renan Oliveira. Este havia recém entrado, desferiu chute na entrada da área, Alex fez defesa importante. E no finalzinho, ainda cabeceou e Alex salvou, no último lance antes do apito final.

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FICHA TÉCNICA

AVAÍ

Vagner; Pablo, Ronaldo Alves, Antonio Carlos, William Rocha (Rômulo); Uelliton (Jéci), Claudinei, Tinga, Marquinhos (Renan Oliveira); Anderson Lopes e André Lima

Técnico: Geninho

FIGUEIRENSE

Alex Muralha; Leandro Silva, Marquinhos, Thiago Heleno, Willaim Cordeiro; Paulo Roberto (Yago), França, Fabinho; Clayton, Mazola e Marcão (Carlos Henrique)

Técnico: Argel Fucks

Cartões Amarelos: Pago, Marquinhos e Clayton (F). Ronaldo Alves (A)

Cartões Vermelhos: William Cordeiro (F) e Anderson Lopes (A).

Arbitragem: Sandro Meira Ricci, auxiliado por Nadine Câmara Bastos e Neuza Inês Back

Local: Estádio da Ressacada, em Florianópolis

Público: 10150

Renda: R$ 172.767,00