Em época de corrida às lojas para a compra do material escolar, o Procon-SC lança uma pesquisa de preços com 57 itens de 10 estabelecimentos comerciais da Grande Florianópolis. A variação de preços entre os itens chega a 500%.
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O órgão de defesa do consumidor registrou os menores preços de cada comércio, sem diferenciar as marcas da maioria dos itens. A maior diferença de valores foi registrada na régua de plástico transparente de 30 cm (veja quem liderou a lista abaixo).
Para o assessor jurídico do Procon-SC, Gabriel Meurer, a variação expressiva entre os preços chama a atenção porque ela foi maior do que em levantamentos anteriores. Dos 57 itens pesquisados, 24 tiveram diferença acima de 200%.
– Como trabalhamos com os produtos mais baratos, não há grande diferença de qualidade entre eles, o que valida a pesquisa – explica.
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O engenheiro André Luís de Lima Tavares tem duas filhas, uma de seis anos e a outra de 11. Na corrida pelo material escolar, a primeira estratégia que ele adota para economizar é buscar livros utilizados por filhos de vizinhos e amigos em anos anteriores. André também aproveita para garimpar bons preços na feira de livros usados da escola em que as filhas estudam, a Criativo.
Quando ele não consegue adquirir algum livro, o produto é o escolhido como parâmetro para identificar as papelarias mais baratas.
– Uso o livro como base, porque, geralmente, ele é o produto mais caro da lista. Assim, faço uma economia maior – diz.
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O engenheiro, que gasta de R$ 300 a R$ 400 nos materiais escolares de cada filha, acrescenta que faz pesquisa de preços em várias lojas.
Quatro dicas para a hora da compra
– Ao pegar a lista de material e constatar a exigência de itens que você entender como desnecessários, o primeiro passo é procurar a escola e tentar solucionar a questão.
– As instituições devem exigir apenas o material indispensável para o aprendizado do aluno no decorrer do ano. O exigido deve ser apenas para uso pessoal de cada educando, pois não é de responsabilidade dos alunos ou dos pais os gastos com material de expediente, de higiene ou de primeiros socorros.
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– As escolas não podem indicar o estabelecimento no qual os pais deverão comprar os materiais, nem a marca do produto a ser utilizado, uma vez que o Código de Defesa do Consumidor garante a liberdade de escolha do consumidor, que pode optar pela compra na loja de sua preferência.
– Em caso de o consumidor se sentir lesado pelas exigências feitas pela escola e não conseguir solucionar seu caso diretamente com a instituição, ele deverá procurar o Procon municipal ou estadual e apresentar a reclamação para que o órgão tome as providências necessárias.
Fonte: Procon-SC
Faça as contas
Confira as 10 maiores variações apontadas pela pesquisa feita em 10 estabelecimentos comerciais da Grande Florianópolis
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Produto Menor preço Maior preço Variação
Régua de plástico
transparente, 30cm R$ 0,30 R$ 1,90 533,3%
Corretivo líquido à
base de água R$ 0,99 R$ 5,60 465,7%
Papel encerado R$ 0,35 R$ 1,70 385,7%
Pasta de plástico
com elástico R$ 1,50 R$ 6,90 360%
Papel crepom R$ 0,50 R$ 2,29 358%
Tubo de cola
branca, 40g R$ 0,33 R$ 1,50 354,5%
Tesoura sem ponta R$ 0,67 R$ 2,90 332,8%
Apontador com
depósito Faber-Castell R$ 1,50 R$ 6,40 326,7%
Folha de papel Kraft R$ 0,55 R$ 2,20 300%
Giz de cera, caixa
12 unidades, Acrilex R$ 0,99 R$ 3,90 293,9%