O resultado de 0,37% para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em maio surpreendeu o mercado, que esperava uma taxa de 0,40%. Com o desempenho de maio, anunciado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador bate no teto da meta de inflação estabelecido pelo Banco Central (BC), que é de 6,5% no acumulado de 12 meses. Em março, o acumulado extrapolou essa barreira, chegando a 6,59%. Em abril, quando o IPCA variou 0,55%, o resultado de 12 meses voltou a ficar abaixo do teto: 6,49%.
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No governo, havia o temor de que a alta da inflação, especialmente dos alimentos, viesse a comprometer o poder de compra dos trabalhadores de menor renda e, por consequência, abalasse a popularidade da presidente Dilma Rousseff em ano de véspera de eleições.
Em maio, porém, as alimentos cederam, e tiveram alta de 0,31% – abaixo do avanço de 0,96% registrado em abril. No comunicado, o IBGE destacou o comportamento do grupo alimentos e bebidas, “que apresentou forte desaceleração ao passar de 0,96% em abril para 0,31% em maio, trazendo o impacto para o índice de 0,24 para 0,08 ponto porcentual, respectivamente”. O instituto ressaltou o barateamento, na passagem do mês, do tomate (-10,31%), o principal impacto de baixa no IPCA (-0,04 ponto porcentual).
Em sentido oposto, os remédios lideraram os principais impactos na inflação entre os itens pesquisados. Mesmo assim, a variação dos remédios, de 1,61%, foi uma desaceleração em comparação com abril, quando esse grupo registrou alta de 2,99%.
O IPCA é considerado o indicador oficial da inflação justamente por ser utilizado pelo BC para medir suas metas. O índice é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimo. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 27 de abril a 28 de maio de 2013.
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