Duas faixas de pedestres foram implantadas na semana passada com o objetivo de diminuir a dificuldade que as pessoas têm para atravessar a rua Albano Schmidt, zona Leste de Joinville. No entanto, a sinalização ainda não mudou a postura dos motoristas que circulam pela via. Segundo moradores, o problema permanece e atravessar a via não é uma tarefa fácil.
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Por conta deste cenário, o jornal A Notícia fez um teste com a dona de casa Itelvina Valério Leite, que mora na região e caminha pela rua diariamente. Ela parou para atravessar na faixa que foi instalada próximo da rua Óbidos e ao terminal de ônibus, mas nenhum carro parou. Ela só conseguiu passar quando o movimento ficou calmo.
– É por isso que eu só atravesso onde há semáforo. Atravessar longe deles é muito arriscado, pois um carro para e outro não. Sem contar o fato de que a gente perde muito tempo – conta Itelvina.
A outra faixa de pedestres foi instalada perto da rua Barbalho. Segundo o diretor de trânsito do Instituto de Trânsito e Transporte de Joinville (Ittran), Eduardo Bartniak, havia carência de sinalização nesses dois trechos.
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– A implantação das duas faixas de pedestres partiu de uma solicitação dos moradores que tinham dificuldade de travessia e tem a intenção de proporcionar mais segurança – afirma Bartniak.
Apesar disso, a sinalização ainda não resolveu o problema dos pedestres que precisam atravessar a Albano Schmidt diariamente. Assim com a dona de casa Itelvina, o aposentado Francisco de Assis Abreu também teve dificuldade para passar a via.
– É muito difícil um carro parar, mas como eu sou aposentado e não tenho pressa, posso ficar esperando. Mas é complicado para quem trabalha e vive na correria – comenta Abreu.
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Mesmo com tempo livre, não é sempre que ele está disposto a esperar um motorista parar. Por isso, Abreu segue a mesma estratégia que a dona de casa Itelvina e usa a sinalização dos semáforos para atravessar mais rápido e com segurança.
A equipe do AN também percebeu que as duas faixas de pedestres instaladas na rua Albano Schmidt não compreendem o trecho da ciclofaixa, onde o movimento de ciclistas também é intenso. Mas o diretor de trânsito do Ittran afirmou que isso não é um problema.
– Não há necessidade, pois a distância da ciclofaixa até a rua é pequena e o pedestre tem visibilidade para ver os carros – falou.
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Além das novas faixas, as demais não estão em bom estado de conservação. A maioria delas está desbotada e parte das faixas está apagada. No entanto, Bartniak explicou que isso não impende a visibilidade e que ainda não previsão para retocá-las.