Mesmo em uma segunda-feira à tarde, horário de trabalho para a maioria, o torcedor da Chapecoense deu um jeito de espiar o histórico jogo contra o Barcelona, no Camp Nou, que valia o Troféu Joan Gamper. O Verdão acabou goleado por 5 a 0, mas o resultado pouco importou.
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Teve loja em que os funcionários estavam com um olho na tela da televisão e outro num possível cliente. Teve gente que acompanhou em casa. E alguns foram para os bares da Avenida Getúlio Vargas. A maior concentração foi no Via Medellín, que colocou um telão e sorteou camisas do clube em parceria com o marketing da Chape. Mais de 200 pessoas estiveram no local. Entre eles o supervisor de Tecnologia da Informação, Jean Gauze.
— Dá um aperto no coração, pois infelizmente esse jogo aconteceu em virtude da tragédia, mas também é uma felicidade, é a realização de um sonho de ver a Chapecoense jogando contra o Barcelona — afirmou.
Adriano Soler e a namorada, Elisa Manfrin, chegaram uma hora e meia antes de começar o jogo, para conseguir um lugar ao lado do telão. Antes de a bola rolar, a torcida se emocionou quando Alan Ruschel, Neto e Jackson Follmann entraram no gramado do Camp Nou. Depois vibrou com um carrinho de Luiz Otávio e com as defesas de Elias.
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O gol logo no início frustrou um pouco, mas não dá para dizer que não era algo esperado diante da seleção que é o Barcelona. contra a Chapecoense com um time alternativo em virtude de viagem na véspera dos titulares. Alan Ruschel foi aplaudido em pé por alguns torcedores, quando deixou o gramado.Depois veio a comemoração com os chapéus do Apodi.
Valentia da Chapecoense não resiste à qualidade do Barça no Camp Nou
A defesa do pênalti por Artur Moraes, foi comemorada com um gol. E os 5 a 0 não foram tão importantes diante de tudo o que aconteceu. Tanto que os torcedores aplaudiram depois do apito final.
– Os caras jogaram bem, só faltou o gol de honra – disse Camila Oliveira, que desde pequena frequenta a Arena Condá.
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No retorno de Ruschel, Chape perde para Barça
Para o securitário Alan Peter, esse era um jogo diferente, que não importava tanto o resultado, mas sim as homenagens e a volta do seu xará aos gramados.
– O placar não foi o esperado mas o mais importante foi a volta do Alan Ruschel aos gramados, estou feliz por ele e por toda a equipe – concluiu.
Afinal, foi o dia em que o Brasil parou para ver o Barcelona não por um jogo de Mundial ou da Liga dos Campeões, mas para enfrentar a Chapecoense.
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