Se o Dia de Finados simboliza dor e sofrimento para muitas pessoas, há também quem pense na data como uma lembrança do quanto é importante seguir em frente e viver com alegria.

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As irmãs Otília e Olinda Gerônimo Freitas – de 50 e 49 anos, respectivamente – estiveram no túmulo do pai, José, no Cemitério São Sebastião, no bairro Iririú, em Joinville, nesta tarde de sábado. Para elas, o ritual realizado anualmente funciona como uma visita, pois aproveitam para conversar com o homem que se foi há 23 anos.

– A gente vem aqui e fala com ele do jeito que fazíamos quando estava vivo. Me sinto mais próxima do que se rezar em casa e consigo até matar um pouco das saudades – revela Otília.

Aos 51 anos, José Gerônimo sofreu um ataque cardíaco que pegou toda a família de surpresa. Com a perda, a esposa e os nove filhos se uniram ainda mais e hoje usam a data para relembrar histórias que mostram o tipo de homem que ele era.

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– Apesar de um pai severo, era brincalhão com os netos, adorava as crianças. Tem ano que, sem combinar, a família acaba se encontrando na sepultura e vai pra casa da mãe. É quase uma festa, simplesmente porque estamos vivos e juntos. No começo era bem triste, mas agora sabemos que precisamos seguir em frente – conta Otília.