A chanceler alemã, Angela Merkel, pediu nesta segunda-feira em Berlim que cada um dos 27 países-membros da União Européia (UE) “assuma sua parte de responsabilidade” na crise financeira mundial. O chefe de governo italiano, Silvio Berlusconi, defendeu um “enfoque” comum sob o “guarda-chuvas” de Bruxelas.
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Em um rápido comparecimento público na Chancelaria, por ocasião da primeira visita oficial de Berlusconi à Alemanha após ser reeleito, em abril, Merkel defendeu a necessidade de estreitar o consenso entre os países-membros do bloco para blindar os mercados financeiros.
A chanceler assegurou que as relações bilaterais entre Itália e Alemanha são “boas, estreitas e sinceras”, e destacou a importância de manter uma postura unida perante os novos desafios.
Merkel anunciou ainda que, em 18 de novembro, serão realizadas em Trieste (Itália) as próximas consultas bilaterais entre os países.
Berlusconi afirmou que o encontro de hoje com a chanceler permitirá que ambos se aprofundem nas possíveis soluções “à situação difícil que devemos abordar”, e se referiu à dificuldade de unificar as posições dos países-membros da UE em questões como a política de imigração ou ambiental.
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Os dirigentes, que se encontraram no sábado em Paris na reunião na qual França, Alemanha, Reino Unido e Itália se comprometeram a impedir as quebras bancárias, debateram hoje temas relativos ao Grupo dos Oito (G8, sete nações mais industrializadas e a Rússia), cuja Presidência rotativa será assumida pela Itália em 2009.
Berlusconi lembrou que seu governo foi o primeiro dos membros da UE que, na quarta-feira passada, deu garantias de que seus cidadãos não perderiam seus depósitos bancários.
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