Em terra firme, a vista do azul do mar que se contrasta com os tons do céu. O limite do que se vê é a superfície do mar. O coração começa a acelerar com a ansiedade de em breve enxergar além. Ao colocar máscara, roupa de mergulho, nadadeiras, regulador e cilindro de ar, a sensação de que houvesse algum limite começa a ser quebrada. O som da respiração pela boca durante a adaptação com o mar ainda causa algum estranhamento. Mas, logo passa. Sim, qualquer sentimento de medo é totalmente substituído pelo relaxamento quando o que se vê são tartarugas e as cores dos peixes que nadam ao lado. Talvez, essa fosse a sensação das cerca de 30 pessoas que mergulharam na praia da Sepultura, numa manhã de quinta-feira nublada, com saída de terra firme em Bombinhas.
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O perfil dos mergulhadores é variado. São vários estilos, mas algumas características são as mesmas. O presidente da Associação das Escolas e Operadoras de Mergulho do Estado de Santa Catarina (Aeomesc), Julio Cesar da Silva, 61 anos, aponta que a maioria das pessoas busca o mergulho por lazer, adora a natureza e gosta de fotos:
– O mergulho proporciona fazer novas amizades, conhecer lugares, ver a natureza como ela realmente é e aproveitar os minutos de silêncio no fundo do mar. A sensação ao mergulhar é de liberdade.
O casal Juliano Monteiro, 30, vendedor, e Patrícia de Fátima Lucas, 27, cirurgiã dentista, de Curitiba (PR), teve a sensação de mergulhar pela segunda vez. A primeira foi em Cancun.
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– Gostamos de esportes radicais. No começo, dá nervosismo e medo. Mas depois acostuma, inclusive a respiração pela boca. Vale a pena – afirma o casal – Pretendemos voltar a mergulhar – enfatizam os dois.
Mergulhador há 30 anos e instrutor há 15, Julio Cesar já conheceu o fundo do mar em vários lugares, entre eles Caribe e Colômbia, e garante que a Ilha do Arvoredo, em Santa Catarina, é referência internacional de mergulho.
Cuidados de mergulhador
O presidente da Aeomesc recomenda alguns cuidados para quem vai mergulhar, como fazer o curso de mergulho, verificar se a certificação da escola é válida (uma delas, por exemplo, é a Open Water Diver _ Mergulhador de Águas Abertas), conhecer a estrutura física da escola de mergulho e o material didático que será usado, questionar se os instrutores são habilitados. Os preços variam de R$ 200, em média, para o chamado batismo (primeira experiência de mergulho) a cerca de R$ 800 para o curso básico de mergulhador.
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A Aeomesc atua há 20 anos e possui sete escolas de mergulho filiadas, todas com mais de 15 anos de mercado: Acquanauta, Parcel e Sea Divers, em Florianópolis; Pata da Cobra, Submarine e Trek Dive, em Bombinhas; e Bertuol, em Canto Grande.
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