Os trabalhos na água de construção da estrutura de sustentação da Ponte Hercílio Luz retornam nesta quinta-feira após uma pausa de dois meses. Cinco mergulhadores serão responsáveis pela medição, marcação e soldagem dos tubos de aço, que serão cruzados nas estacas para não haver movimentação durante a passagem de correnteza.

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As peças do chamado contraventamento serão colocadas a partir de 30 metros de profundidade até o nível do mar. O Departamento de Infraestrutura (Deinfra) estima em 20 dias a conclusão dos serviços em cada um dos quatro conjuntos de estacas, a partir do grupo mais próximo do Continente.

Nos próximos dias será deslocada uma balsa com guindaste – com capacidade para 20 toneladas – para as proximidades da Hercílio Luz.

-Com 18 metros de comprimento e 10 metros de largura, ela será responsável pelo fornecimento das peças aos mergulhadores -, informa o presidente da entidade, Paulo Meller.

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Assim que o contraventamento no primeiro grupo de estacas for concluído, o Consórcio Monumento poderá iniciar a instalação da estrutura espacial de sustentação provisória, que são cones erguidos fora da água ligados por treliças metálicas. Sobre ela, a partir de novembro, devem ser colocados os 57 macacos hidráulicos que, controlados por computador, receberão a transferência de carga da Hercílio Luz.

Os trabalhos só foram retomados porque há garantia de liberação de R$ 150 milhões aprovados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O governo também tenta buscar recursos via Lei Rouanet de Incentivo à Cultura. Mas, dos R$ 64 milhões liberados para captação, conseguiu contribuição de R$ 1,3 milhões.

O objetivo é terminar a chamada ponte sob a ponte até o fim do ano e a restauração completa em 2014. Toda a estrutura usada como sustentação, entre elas as vigas e treliças, serão retiradas e usadas em pontes menores pelo Estado.

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O Deinfra estima, que após restaurada, a Hercílio Luz terá capacidade para receber 22 mil veículos por dia, o que corresponde a 13% do tráfego nas outras pontes.