Os países do Mercosul se apressavam nesta terça-feira para incluir a Venezuela como membro pleno do bloco regional, apesar de o processo não atender às regras, que exige a aprovação do Executivo e do Congresso em cada um dos países membros, trâmite que ainda não foi concluído no parlamento paraguaio.
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Segundo o ministro uruguaio Luis Almagro, uma proposta a favor da Venezuela foi bem recebida em uma reunião de conselheiros do bloco.
O senador e ex-presidente uruguaio Luis Lacalle, um dos fundadores do Mercosul, afirmou que aprovar a incorporação da Venezuela será “uma sentença de morte”, uma vez que o Tratado (de Assunção, que rege o bloco) tem requisitos jurídicos internos que foram ignorados.
– Estão matando o Mercosul – disse Lacalle, que considera a decisão um ataque ao Paraguai.
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O Senado paraguaio tem se recusado a admitir a entrada da Venezuela no bloco, pois sustenta que o país do presidente Hugo Chávez vai contra as regras democráticas.
No entanto, a súbita presença de Chávez na cúpula, conhecida apenas na noite de segunda-feira, parece um indício de que se aprovará uma fórmula para a entrada do país caribenho no bloco. Até agora, a reação do Paraguai não é conhecida, embora o presidente Fernando Lugo seja a favor da inclusão da Venezuela no Mercosul.
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