Os mercados exclusivos de exportação e carne suína “in natura”, como Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, ajudaram a manter Santa Catarina a manter resultado positivo em faturamento, apesar da queda em volumes, no mês de outubro.
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No décimo mês do ano, Santa Catarina embarcou 31 mil toneladas para o exterior, 15,8% a menos do que no ano passado. Mas o faturamento de US$ 67 milhões foi 8,7% superior a outubro do ano passado.
O motivo é que houve crescimento nos mercados que pagam melhor. Para o Japão, as vendas de US$ 2,2 milhões foram 287% superiores a outubro do ano passado. Para os Estados Unidos, de US$ 1,4 milhão foram 14,8% superiores. E, para a Coréia do Sul, houve aumento de 748%, com embarques de US$ 748 mil.
Santa Catarina conseguiu acessar estes mercados graças ao Certificado de Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação, conquistado em 2007, sendo o único estado brasileiro com o reconhecimento internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O mesmo órgão também reconhece Santa Catarina e o Rio Grande do Sul como livres de peste suína clássica.
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Por isso o estado reforçou as 37 barreiras sanitárias na divisa com o Paraná, quando o vizinho anunciou a retirada de vacina para a febre aftosa.
Outros dois mercados com boas vendas foram a China, que teve aumento de 116% e pagou US$ 38 milhões, mais da metade de tudo que Santa Catarina mandou. A Rússia foi o sexto maior comprador, com US$ 1,9 milhão. Em outubro do ano passado os russos ainda não haviam comprado nada, devido a uma suspensão das compras do Brasil.
No entanto diminuíram as vendas para os países vizinhos. O Chile comprou 6,6 milhões, 5,3% menos do que outubro do ano passado. A Argentina reduziu as compras em 66%, comprando US$ 2 milhões. As vendas para o Uruguai caíram 49%, com US$ 1,2 milhão.
– Uma questão que chama a atenção é que as exportações de carne suína de outros estados aumentaram (principalmente do Paraná), o que fez com que os resultados catarinenses fossem proporcionalmente piores do que os nacionais – disse o analista do Centro de Socieconomia e Planejamento Agrícola da Epagri, Alexandre Giehl.
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A participação catarinense nas vendas brasileiras foi de 45,5% no faturamento, contra 54,7% no acumulado do ano.
No ano, os números são muito bons. Em dez meses foram exportadas 330 mil toneladas, 13,6% mais do que no ano passado, com faturamento de US$ 670 milhões, 26,3% mais do que no ano passado.