Após uma vistoria constatar nesta terça-feira (15) que o Mercado Público de Florianópolis segue sem projeto preventivo contra incêndio, o Ministério Público de Santa Catarina pode pedir a interdição do local. Em setembro, com uma avaliação da 30ª Promotoria da Capital e outros órgãos foi definido um prazo de 90 dias para que o local recebesse adequações de segurança.

Continua depois da publicidade

– Teremos uma reuniāo com a Prefeitura no início da próxima semana, se nāo tivermos um ritmo mais acelerado nas obras de prevençāo contra incêndio, principalmente, poderemos pedir a interdição de todo complexo – afirmou o promotor Daniel Paladino.

> Princípio de incêndio atinge Mercado Público de Florianópolis; susto lembrou caso de 2005

> Receba notícias de Florianópolis e região pelo WhatsApp

Entre as recomendações feitas em setembro, além do projeto de prevenção a incêndio, estão adequações no teto retrátil, que precisa de reforma e manutenção, troca de calhas e melhorias na acessibilidade.

Continua depois da publicidade

– Estamos retornando aqui para ver o cumprimento ou não dessas medidas e também para verificar a procedência da notícia de que a empresa que estava tocando o projeto preventivo contra incêndio teria deixado o canteiro de obras, o que realmente foi confirmado neste momento. Há (ainda) problemas com relação à fiação elétrica, que precisam ser resolvidos – declarou Paladino.

Outros detalhes sobre a suspensão da elaboração do projeto não foram informados. Conforme o promotor, outra empresa deve ser contratada para executar o projeto, mas não há definições sobre o lançamento de licitação para formalizar a contratação.

– É muito preocupante, porque no caso de um incêndio hoje, não teríamos reservatório suficiente para combater as chamas. Esta reunião será para definir os prazos, para que projeto seja executado – declarou.

A secretaria de turismo da capital informou que a empresa responsável pelo projeto não deixou a obra, os trabalhos foram concluídos, mas novos problemas foram detectados e agora uma nova licitação deve definir a empresa que realizará esta etapa. 

Continua depois da publicidade

Além do Ministério Público, participaram da vistoria representantes do Corpo de Bombeiros, da Secretaria de Turismo da capital, da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) e Câmara de Vereadores.

Confira:

Leia mais:

Florianópolis enfrenta guerra ideológica até em deck de acesso à praia

É preciso explicar melhor por que o caso do “escravo particular” ficou parado quase 4 anos em SC

“Flagrante” de trabalhador em rede social leva à demissão por justa causa