As paredes históricas do Mercado Público de Itajaí estão prontas para voltar a abrigar um dos mais populares pontos de encontro da cidade. A obra de restauro do prédio está concluída e, no lado de dentro, já é possível ver em detalhes os arcos que enfeitam o pátio. A abertura, porém, que estava prevista para o início de março, só deve ocorrer no mês de junho, no aniversário da cidade. Isso porque a Fundação Cultural decidiu estender as obras para a parte externa do edifício.

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A novidade ficará na área gastronômica, entre o Mercado Público e o Mercado do Peixe, que ganhará uma cobertura. A ideia é aproveitar melhor o espaço, que é bastante frequentado pela clientela do Mercado do Peixe.

– Poderíamos reabrir o Mercado Público agora, mas analisamos e achamos que seria melhor terminar tudo primeiro. Não faz sentido as pessoas estarem visitando o mercado e os trabalhadores quebrando a calçada, usando uma betoneira – diz o superintendente da Fundação Cultural, José Amádio Russi.

De acordo com ele, está em estudo a possibilidade de a obra ser feita pela mesma empresa que restaurou o prédio. A obra iniciou no ano passado, meses após uma liminar concedida pela Vara da Fazenda Pública de Itajaí ter exigido a interdição do mercado por falta de segurança e de documentação. O prédio não tinha alvará de funcionamento, alvará sanitário, alvará do Corpo de Bombeiros, e nem projeto preventivo de incêndio e habite-se.

A reforma e o restauro custaram aos cofres públicos R$ 400 mil. A previsão é que, com as obras do entorno, o valor possa chegar a R$ 700 mil.

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Licitação

Antes da reabertura, a Fundação Cultural pretende estar com todos os boxes do Mercado Público prontos para funcionar. Até agora, dos sete espaços disponíveis quatro estão definidos, para abrigar lojas de artesanato, revistaria, bar e cafeteria. Um novo edital de licitação será lançado para ocupar mais três espaços – o restaurante, o empório e outra loja de artesanato, que não tiveram empresas interessadas apresentadas no prazo.

Enquanto aguarda pela reabertura do mercado, o chafariz do pátio interno, que data de 1917, está protegido por lonas. Mas a pintura do artista espanhol Antonio Mir, que colore uma das paredes, já esboça seus contornos.