A alta surpreendente do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre fez o mercado financeiro elevar a projeção de crescimento do país para 2013. De acordo com o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, a economia brasileira deve crescer 2,35% este ano, contra 2,32% da estimativa anterior. Para 2014, no entanto, o relatório de mercado feito a partir de pesquisas com mais de cem instituições financeiras aponta expansão de 2,28%, contra 2,30% do último boletim. Há quatro semanas a previsão era de 2,50%.
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Além do PIB maior para 2013, o documento apontou também uma alta na taxa básica de juros. Segundo o relatório, até o final do ano a Selic deve subir para 9,75%, contra 9,5% da última projeção. Atualmente a taxa está em 9% ao ano. Toda a alta prevista para este ano, porém, não virá na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de outubro. Para essa data, os analistas mantiveram a projeção de uma nova elevação da taxa de 0,50 ponto porcentual, como já aguardavam antes. Para 2014, a Selic também deve ficar, em média, em 9,75%.
Inflação
Com a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto dentro do esperado, a projeção para a inflação oficial em 2013 sofreu um leve ajuste para baixo: passou de 5,83% para 5,82%. Há quatro semanas estava em 5,74%. Já para 2014, a mediana das previsões para o IPCA subiu levemente de 5,84% para 5,85%, mesma taxa vista um mês atrás.
Entre os profissionais que mais acertam as previsões para o médio prazo, o grupo denominado pelo BC de Top 5, no entanto, o IPCA de 2013 disparou – provavelmente porque houve uma mudança da participação das instituições. Para o grupo, o índice deverá ficar em 5,85% este ano. Uma semana antes estava em 5,57% e, quatro semanas atrás, em 5,47%. No caso de 2014, esse mesmo grupo aumentou a taxa de 5,80% para 6,17% ante a de 5,80% vista há um mês.
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Câmbio
Em relação ao câmbio, os analistas do mercado financeiro deram uma trégua nas expectativas de trajetória de alta vista nos últimos meses. A mediana das estimativas para o final de 2013 na pesquisa divulgada nesta segunda-feira permaneceu em R$ 2,36. Há um mês, a expectativa mediana era de uma cotação de R$ 2,28. Mesmo assim, o câmbio médio de 2013 se ajustou, passando de R$ 2,20 para R$ 2,21. Há um mês, estava em R$ 2,17. Para o final de 2014, as previsões para o dólar também ficaram estancadas, em R$ 2,40. Quatro semanas atrás, a mediana dessas expectativas estava em R$ 2,30. Com isso, o câmbio médio para 2014 seguiu R$ 2,38. Quatro semanas atrás, estava em R$ 2,29.