A projeção de instituições financeiras para a inflação neste ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi ajustada de 7% para 7,04%. Para 2017, a estimativa permaneceu em 5,5%. As análises integram o relatório Focus, que é divulgado às segundas-feiras pelo Banco Central (BC).
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As expectativas estão acima do centro da meta de inflação, de 4,5%. O limite superior da meta é 6,5% em 2016 e 6% em 2017. Cabe ao Banco Central fazer com que o IPCA esteja de acordo com os parâmetros traçados. Um dos instrumentos usados para influenciar na atividade econômica é a taxa básica de juros, a Selic.
Conforme o relatório Focus, a projeção para o índice ao final de 2016 baixou de 13% para 12,75% ao ano. Para o fim de 2017, a expectativa para a Selic passou de 11,50% para 11,38% ao ano. Atualmente, a taxa está em 14,25% ao ano.
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Quando o Comitê de Política Monetária do Banco Central aumenta a Selic, busca conter a demanda aquecida. Isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Por outro lado, quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo. Entretanto, a medida alivia o controle sobre a inflação.
PIB e dólar
A última edição do relatório Focus também mostra que a estimativa de instituições financeiras para o encolhimento da economia neste ano foi levemente ajustada. A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) — a soma de todos os bens e serviços produzidos no país — foi alterada de 3,88% para 3,83% em 2016. Para 2017, a estimativa de crescimento foi mantida em 0,50%.
Além disso, a projeção do mercado para a taxa de câmbio no fim de 2016 caiu de R$ 3,70 para R$ 3,67. Para o fechamento de 2017, a previsão dos economistas para o dólar recuou de R$ 3,90 para R$ 3,88.