Analistas do mercado financeiro elevaram pela quinta semana seguida a projeção de crescimento da economia neste ano. Segundo o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC), a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi ajustada de 5,60% para 5,81%. Para 2011, foi mantida a expectativa de crescimento de 4,5%.

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O mercado financeiro também elevou pela 13ª vez a previsão para a inflação a ser apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010. De acordo com pesquisa Focus, a expectativa para o índice no ano subiu de 5,29% para 5,32%, se distanciando ainda mais do centro da meta do governo para a inflação no ano, que é de 4,50%. Na mesma pesquisa, a estimativa para o IPCA em 2011 ficou inalterada em 4,80%.

Em relação à inflação de curto prazo, a estimativa para o IPCA de abril subiu de 0,43% para 0,46%. Para maio, a projeção subiu de 0,35% para 0,37%. O dado do IPCA de abril deve ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 7 de maio.

A estimativa para a taxa básica de juros (Selic) para o fim de 2010 foi elevada de 11,25% ao ano para 11,50% anuais. A projeção para a taxa no fim de 2011 foi mantida em 11,25% ao ano. O mercado também manteve a estimativa de que o início do processo de alta dos juros ocorra já neste mês, com aumento de 0,50 ponto porcentual na Selic, para 9,25% ao ano. Atualmente, a Selic está em 8,75% ao ano.

No mesmo levantamento, a estimativa para a produção industrial em 2010 subiu de 9,31% para 9,41%. Para 2011, a projeção para o desempenho da indústria permaneceu em alta de 5,00%.

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Os analistas mantiveram a previsão para o patamar do dólar no fim do ano. O nível da moeda norte-americana no fim de 2010 ficou em R$ 1,80. Para o fim de 2011, a expectativa para a moeda americana caiu de R$ 1,90 para R$ 1,85. A previsão de câmbio médio no decorrer de 2010 caiu de R$ 1,82 para R$ 1,81.

O mercado financeiro também manteve as previsões para o déficit nas contas externas em 2010. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano continuou em US$ 50 bilhões. Para 2011, a previsão de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos seguiu em US$ 60 bilhões.

A previsão de superávit comercial em 2010 manteve-se em US$ 10 bilhões. Para 2011, a estimativa para o saldo da balança comercial subiu de US$ 3,54 bilhões para US$ 3,99 bilhões.

Analistas aumentaram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2010 de US$ 38 bilhões para US$ 39 bilhões. Para 2011, a estimativa para o IED permaneceu inalterada em US$ 40 bilhões.

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