A Universidade proporciona diversas experiências aos graduandos, sejam relacionadas ao curso escolhido ou a outros temas com projetos de extensão. Nesse ambiente também são comuns as equipes de competições. Os últimos anos mostraram uma evolução quanto ao pensamento dos e-Sports dentro da vida acadêmica nos quatro cantos do Brasil.
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Alguns jogadores profissionais que hoje atuam por grandes equipes do país começaram o contato com os esportes eletrônicos ainda quando adolescentes e a universidade serviu como um impulso a mais para a realização do sonho de se tornar profissional.
O primeiro passo
O contato com o jogo é a primeira etapa desse ciclo que envolve muitos fatores. Seja CS:GO, League of Legends, Dota 2, Hearthstone ou qualquer outra modalidade, o processo começa pela primeira experiência no jogo. Atualmente, o cenário competitivo da maioria dos jogos está recheado de jovens jogadores, a maioria com idade inferior aos 18 anos. Isso mostra que o interesse nos e-Sports começa cedo.
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A encruzilhada que muitos jogadores encontram é o fim de um primeiro ciclo estudantil e uma possibilidade de entrar em uma universidade. O que geralmente acontece é a inserção deles no ambiente universitário. Assim, os universitários precisam encontrar formas de conciliar o estudo com os jogos eletrônicos. Isso se aplica com a entrada dos jogadores nas equipes universitárias para disputas de torneios, como por exemplo, o TUeS.
Conciliar estudos e e-Sports
O que acontece na prática quando os jovens ingressam em um curso superior e se deparam com um cenário competitivo universitário, é conciliar os estudos com os treinos e competições que envolvem os esportes eletrônicos. Em alguns casos, o desejo de se profissionalizar na modalidade de interesse aumenta. Um dos maiores jogadores do mundo de Counter Strike Global Offensive, o brasileiro Fernando “fer” Alvarenga, conheceu o jogo após entrar na faculdade.
O sucesso e o gosto pelo e-Sports foi tão grande que ele realmente quis se dedicar para virar um profissional. A rotina de um jogador que quer competir profissionalmente é árdua. Os treinos podem ocorrer de 10 a 12 horas por dia, normalmente em 6 dias da semana.
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Além disso, para se tornar um grande profissional, a mentalidade, habilidade e responsabilidade falam mais alto. Foi por isso, então, que Fernando não concluiu a graduação em que havia começado. Mas foi o ingresso na área acadêmica que fez com que ele realizasse boa parte dos sonhos que vive hoje, colhendo frutos que o Counter Strike lhe ofereceu.
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Em outro caso, Adriano “WOOD7” Cerato conhecia o Counter Strike antes mesmo de ingressar numa universidade. Ele começou a cursar Engenharia Civil à noite. Durante a manhã trabalhava na empresa de seu pai e, à tarde, treinava com a equipe profissional que estava atuando, a C4 Gaming. Adriano conseguiu sua formação e atualmente consegue se dedicar 100% ao Counter Strike, jogando profissionalmente pela equipe da Bravos.
A evolução de um atleta profissional
Como citado acima, a rotina de um jogador profissional é dura e os dias são extremamente cansativos. Além disso, alguns pontos devem ser levados em consideração quanto à postura de um jogador profissional.
– Ter disciplina: o jogador precisa seguir a rotina rígida, seguir os treinos específicos e no tempo livre, se possível, treinar o seu individual.
– Viver sob pressão: um profissional de qualquer esporte precisa lidar com a pressão. Seja pela torcida ou até mesmo de seus chefes, você sempre estará pressionado para desempenhar da melhor forma possível. Vai chegar um momento que esse fator se tornará um costume e não impactará tanto no dia a dia.
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– Trabalhar em equipe: talvez esse seja um dos tópicos mais importantes numa evolução como profissional. Trabalhar com proximidade pode ser desafiador na maioria das vezes, mas é necessário para que a equipe esteja alinhada. Trabalhar junto com pessoas com mentalidade positiva faz com que problemas possam ser resolvidos de forma eficiente.
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– Controlar o psicológico: um dos assuntos mais questionados no mundo do e-Sports é a saúde mental dos jogadores, um fator crucial no desempenho. Algumas organizações contratam psicólogos para ajudar na performance dos jogadores in-game, porém, se a sua equipe não tem esse profissional, não deixe de ter acompanhamento com algum profissional da área.