No primeiro semestre de 2009, o desempenho do mercado de trabalho não foi satisfatório, porém ficou acima das expectativas no início da crise nas economias doméstica e internacional. Boletim de Mercado de Trabalho nº 40, publicação trimestral da Diretoria de Estudos Macroeconômicos (Dimac) do Ipea mostra que as evoluções dos níveis de ocupação e rendimento são bem inferiores às registradas no mesmo período de 2008.

Continua depois da publicidade

Em junho houve melhora em praticamente todos os indicadores. Segundo reportagem do site do Estado de S. Paulo, os analistas interpretam como uma possível evidência de que as dificuldades maiores já passaram. As taxas de desemprego e de informalidade também não reagiram tão mal.

O salário dos trabalhadores sofreu perdas. Para aqueles com pelo menos ensino médio completo a queda salarial foi de 3,9%. Esse é o grupo que representa maior participação na população ocupada, em torno de 57% no primeiro semestre de 2009.

De janeiro a maio, a massa salarial sofreu uma queda contínua -aproximadamente 3% -, e o nível que ela atingiu no segundo trimestre é inferior se comparado com o mesmo período do ano passado. De acordo com o boletim, esses são fatos sugerem um possível desaquecimento do consumo das famílias, o que poderia dificultar uma possível recuperação da economia e do mercado de trabalho, ao menos no curto prazo. A intensidade dessa recuperação no segundo semestre de 2009 vai depender, portanto, da velocidade na retomada dos investimentos.

Continua depois da publicidade