Quem sempre teve o sonho de ser modelo, pode encontrar um caminho fora das passarelas. A ideia que só os altos, magros e lindos tem uma chance nesta carreira está sendo desconstruída aos poucos. Abrangendo diversos setores, a publicidade precisa de todo tipo de perfil para campanhas fotográficas e comerciais em vídeo.
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– Quem é mais gordinho, as senhoras, aquele que nunca achou que fosse fazer um comercial, tem potencial – diz Cynthia Michelly, da Parler Agência de Elenco.
Responsável por encontrar novos talentos, ela explica que procura pessoas com carisme e desenvoltura. As mais descoladas e engraçadas costumam ter mais trabalho do que o perfil clássico baseado apenas na beleza.
Cynthia já encontrou seus modelos na padaria, supermercado e, inclusive pelo Facebook. Este foi o caso de Luciano Bürger, de 19 anos. Seu perfil na rede social chamou a atenção da olheira, que o convidou para fazer um teste. Ele foi aprovado pelo cliente e fez suas primeiras fotos para uma campanha da Universidade do Vale do Itajaí. Bürger gostou do trabalho e acredita que ele pode ser útil para sua carreira como músico, mas não pretende seguir atuando apenas como o modelo.
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A modelo Barbara Breger, de 19 anos, que também participou da campanha, pensa o mesmo. Estudante de Farmácia, ela faz os trabalhos quando surgem, apenas para ganhar um dinheiro extra. Para Cynthia, esta é uma vantagem desta área. O profissional pode seguir com o seu trabalho atual e modelar esporadicamente.
– Tenho modelos executivos, médicos, dentistas e que adoram trabalhar com isso porque conseguem conciliar os horários – explica.
O modelo recebe por trabalho realizado e os cachês variam em média de R$100 a R$4 mil reais dependendo da abrangência da veiculação.
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Dedicação exclusiva exige esforço
Para quem pretende seguir a carreira e trabalhar apenas como modelo, o esforço é maior. Dilson Stein, olheiro que descobriu modelos como Gisele Bündchen e a atriz Bruna Linzmeyer, defende que para ter sucesso na área é necessário dedicação integral. Um rosto bonito também é mais requisitado.
– Ninguém nasce modelo. Tem que aprender a fotografar, interpretar e para isso existem oficinas e cursos. Também pode aprender muito em casa, em frente o espelho – diz Stein e ressalta que o sucesso não é imediato.
Nos primeiros testes é comum receber muitos “nãos”. Aos poucos, o modelo aprende, ganhar confiança e alguns se tornam tops.
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A publicidade costuma pagar mais do que o desfile. Stein cita valores entre R$ 2 mil e R$ 20 mil, dependendo do destaque da modelo.
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