Além da pouca quantidade – são 24 ilhas particulares existentes – outros fatores contribuem para a venda limitada de ilhas em Santa Catarina. Hoje, pelo menos quatro delas estão à venda.

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Segundo o consultor de mercado de luxo, Bruno Pamplona, há uma série de restrições ambientais para reformas e construções nas ilhas do Estado – fora a logística para se habitar a ilha, com o planejamento de comida necessária e geradores de energia, quando preciso.

– Não tem muita procura por ilhas na região, porque em vez do cliente gastar R$ 20 milhões em uma ilha ele pode investir R$ 15 milhões em cobertura de frente para o mar, com todas as facilidades ao seu redor.

Pamplona acompanha de perto esse tipo de mercado imobiliário em Angra dos Reis (RJ), onde existem 365 ilhas. Elas também são menores do que as encontradas aqui. Lá uma ilha de 15 mil metros quadrados pode chegar a custar U$ 50 milhões. Para atender os donos, que são mais numerosos, há toda uma logística e infraestrutura disponível, como supermercado, abastecimento de óleo diesel e fornecimento de energia elétrica.

– Aqui não há quantidade de ilhas que sustente esse tipo de serviço. A não ser que se tenha uma ilha que se torne resort – ressalta.

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Este é o caso de da Ilha do Papagaio, em Palhoça. Ela pertence à família de Renata Sefton Sehn desde 1972, quando o avô dela comprou o terreno. Em 1993 foi inaugurada ali uma pousada, que se tornou um atrativo para quem busca descanso e conforto. A ilha oferece bangalôs para quem deseja se hospedar, ou ainda permite que a pessoa passe um dia desfrutando dos serviços.

De acordo com Renata, a ilha está avaliada em R$ 29 milhões. Mas ela já adianta: a área não está à venda e a pousada segue em frente.