Economistas e analistas do mercado financeiro foram unânimes ao apontar a manutenção da taxa básica de juros (Selic) na segunda reunião de 2013 do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece na terça e quarta-feira da semana que vem.
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Mas, a despeito da expectativa de que a Selic ficará estável em 7,25% no encontro dos dias 5 e 6 de março, especialistas também acreditam que as recentes declarações do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, deixaram a porta aberta para o início da retomada da trajetória de alta do juro já no segundo trimestre de 2013. O banqueiro central admitiu recentemente, em entrevista a um canal de TV, a sua preocupação com o patamar de inflação, o qual classificou de desconfortável. Em seguida, Mantega disse que o instrumento principal de combate à inflação é a taxa de juro e não o câmbio.
Embora o consenso aponte para estabilidade da Selic em março, o mercado financeiro já trabalha com a possibilidade de o comunicado que o Copom divulgará após a decisão do colegiado trazer alguma mudança em relação aos textos anteriores. Segundo os analistas consultados, o BC poderia optar por suprimir ou alterar a expressão “suficientemente prolongado”, presente até agora nos comunicados da instituição, como forma de preparar o terreno e o mercado para uma puxada da Selic.
Além da preocupação externada por Tombini em relação à evolução do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – ao mesmo tempo em que afirma que a inflação está sob controle -, o presidente do BC alerta que, quando considerar necessário, a postura do BC em relação à política de juros será “adequadamente ajustada”.
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