Mohamed Mohamud, suspeito de ser o mentor intelectual do ataque de abril de 2015 contra a Universidade de Garissa, no Quênia, foi morto no sudoeste da Somália – anunciou o ministro da Segurança do estado somali de Jubaland, Abdirashid Janan.
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Cometido em 2 de abril de 2015 por islamitas shebab, o atentado deixou 148 mortos, entre eles, 142 estudantes.
“Dezesseis homens armados, dos quais quatro comandantes – entre eles Mohamed Mohamud Ali (…) -, foram mortos por comandos somalis e pelas forças especiais de Jubaland” na madrugada de quarta-feira, declarou o ministro Janan, em entrevista coletiva na cidade de Kismayo.
Em julho de 2015, o Quênia chegou a anunciar a morte de Mohamed Mohamud, conhecido como “Kuno”, em um ataque de “drone” americano na Somália. Nairóbi recuou no anúncio logo depois.
As autoridades quenianas consideram Mohamed Mohamud o principal organizador do massacre da Universidade de Garissa, que fica no nordeste do país. Em 2015, o governo prometeu uma recompensa de cerca de 200.000 euros pela captura desse ex-professor queniano de um madraçal de Garissa.
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O porta-voz do Exército queniano, David Obonyo, disse à AFP que ainda não é possível confirmar a morte de Mohamed Mohamud, porque “os fatos aconteceram em uma zona que não está sob nosso controle, mas sob a responsabilidade das tropas etíopes” mobilizadas no âmbito da Força da União Africana na Somália (Amisom).
“Devemos saber mais amanhã (quinta-feira)”, acrescentou.
Também nesta quarta, o Pentágono anunciou a possível morte, em um ataque aéreo lançado na última sexta-feira (27), de Abdulallahi Haji Da’ud. Esse líder shebab teria coordenado ataques na Somália, no Quênia e em Uganda.
Os shebab são extremistas islamitas ligados à rede Al-Qaeda. Hoje, assumiram um ataque cometido com carro-bomba contra um hotel no centro de Mogadíscio, capital da Somália. Pelo menos dez pessoas morreram, entre elas dois deputados, e cerca de 40 ficaram feridas.
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