O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou por volta das 14h25min desta sexta-feira o julgamento da Ação Penal 470, mais conhecida como processo do mensalão. Com o cronograma atrasado devido a questão de ordem interposta pelo advogado Márcio Thomaz Bastos no primeiro dia do julgamento, os ministros ouvem apenas hoje a sustentação oral do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Ele deve ser o único a falar nesta sexta.
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Veja como teria funcionado o suposto esquema do mensalão
Gurgel pode falar por até cinco horas e deve destacar a atuação do ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o ex-presidente do PT José Genoino e o publicitário Marcos Valério. Como na denúncia, Dirceu será apontado como “chefe de uma quadrilha”.
O procurador-geral começou citando Norberto Bobbio para dizer que o homem político não pode comportar-se disforme com as regras comuns. Gurgel diz que a “robustez” das provas colhidas pelo Ministério Público “faz risível” a acusação de que o mensalão é um delírio do órgão. Para ele, o conjunto probatório não deixa dúvidas quanto aos crimes.
– Não se justifica o injustificável à luz de parâmetros normativos do Estado – afirma.
Citando Weber, procurador afirma que ética da grande política e ética da responsabilidade andam juntas.
Gurgel afirma que há provas contundentes de que José Dirceu era o líder do do grupo do chamado esquema do mensalão.
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