Internautas puderam acompanhar o roteiro de um crime no momento em que ele se desenrolava. O sequestro da engenheira Carolina Luisa Vieira, 28 anos, em Florianópolis, repercutiu rapidamente nas redes sociais após o pedido de ajuda emitido via Facebook pela própria família da vítima.
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Perto das 17h de sexta-feira, a mãe de Carolina postou na rede que a filha havia saído de casa ao meio-dia e que ninguém sabia do paradeiro da moça. O caso é considerado inédito pela polícia em Santa Catarina, que também acompanhou as mensagens sobre a vítima na internet. A sequestrada conseguiu ficar com o celular enquanto era levada ao Paraná e percebia que o seu drama estava sendo narrado ao vivo pelas redes sociais.

O pedido da família contou rapidamente com 286 compartilhamentos. Até quem não conhece Carolina tentou ajudar, divulgando a notícia na rede social. Por volta das 22h, uma prima da vítima também fez um apelo e deu detalhes do caminho que ela estava fazendo:
Já sabemos que houve um saque na conta corrente dela de aproximadamente 3 mil reais e que o carro foi abastecido em São José com o cartão de crédito dela.
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Em seguida, também surgiram informações adicionais do primo da desaparecida.
Parece que o cartão da Carol foi usado mais uma vez às 19:30 e um frentista da BR-101 disse que reconheceu a Carol no banco de trás do carro dela
Uma das amigas da engenheira chegou a publicar a localização do carro

Apesar da repercussão nas redes sociais, os pais da menina pediram para que nada fosse veiculado na imprensa. Eles temiam que o bandido pudesse ouvir pelo rádio que a polícia estava atrás dele. Os veículos de comunicação só passaram a divulgar o caso após se certificarem da segurança total da refém.
Onze horas após ser abordada num estacionamento da UFSC, ela foi liberada pelo criminoso perto do Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, de onde tomou um voo de volta para reencontrar os familiares.
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A amiga Mychelle Santana, assim como muitos outros conhecidos, também comemorou o retorno de Carolina na rede.

O poder da rede
O uso das redes sociais em situações de pessoas desaparecidas tem se tornado cada vez mais comuns. Um dos casos mais famosos é o do morador de rua de São Paulo Raimundo Arruda Sobrinho, 73 anos, que reencontrou a família depois de um perfil criado no Facebook. O Facebook também potencializa a solidaridade. Thiago Vieira, 16 anos, fez uso da rede sociais na luta contra a leucemia.
Confira a entrevista de Carolina, que conta como foi o sequestro: