A menopausa precoce pode estar associada a uma variante no gene CCDC201, fazendo com que algumas mulheres cheguem ao fim da vida reprodutiva anos antes do esperado. A pesquisa foi publicada nessa terça-feira (17) na revista científica Nature Genetics. As informações são do jornal O Globo.

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A pesquisa foi feita por cientistas da deCODE Genetics e colaboradores da Islândia, Dinamarca, Reino Unido e Noruega, com mais de 174 mil mulheres nos quatro países. Eles identificaram que o gene CCDC201, um codificador de proteína, pode alterar a vida reprodutiva das mulheres.

Portadoras de duas cópias desta variante, chamadas de homozigotas, passam pela menopausa em média nove anos antes daquelas que não portam as duas cópias. Este genótipo é presente em cerca de uma em cada 10 mil mulheres de ascendência no Norte da Europa. Quase metade das portadoras tem insuficiência ovariana primária, que ocorre quando os ovários param de funcionar antes dos 40 anos.

Com isso, mulheres que possuem as duas cópias do gene têm menos filhos, ou engravidam raramente após os 30 anos.

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O que é a menopausa

Quando nascem, pessoas do sexo feminino têm um número pré-determinado de folículos (células que posteriormente desenvolvem os óvulos). No fim da puberdade, elas passam a liberar estes gametas até a última menstruação, chamada de menopausa.

A ciência já catalogou mais de 30 sintomas associados à menopausa, entre eles:

  • Redução da libido;
  • Ondas de calor;
  • Menstruação irregular;
  • Náusea e problemas digestivos;
  • Suor noturno;
  • Sintomas urinários;
  • Tontura;
  • Ganho de peso;
  • Ansiedade;
  • Dificuldade para dormir;
  • Alterações de humor;
  • Cansaço ou falta de energia; e
  • Confusão mental e problemas de memória.

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