Começou nesta semana a vacinação contra o vírus do papiloma humano (HPV, da sigla em inglês) para meninas de nove a 14 anos em Joinville. A novidade deste ano é a disponibilidade de vacinas também para meninos de 12 e 13 anos. É a primeira vez em que o público masculino é incluído no Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS).

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Em Joinville, são cerca de 9,2 mil meninos e 26 mil meninas para serem vacinadas contra o HPV dentro das faixas etárias atendidas. A vacinação é realizada em todas as unidades básicas de saúde, de acordo com cada horário de funcionamento, e na Sala de Vacina Central, na rua Abdon Batista, 172, no Centro, das 7 às 13 horas. Para se imunizar, é necessário levar a caderneta de vacinação.

A vacina oferecida pelo SUS é quadrivalente, ou seja, protege contra os quatro tipos de HPV mais perigosos, aqueles que podem causar câncer. As crianças e adolescentes precisarão tomar duas doses, com um intervalo de seis meses. Além disso, os meninos e meninos de 12 e 13 anos também receberão a vacina Meningocócoca C, em dose única, no momento da vacinação contra o HPV.

Segundo o enfermeiro Ewerton Granja de Araújo Rocha, do setor de imunização da Secretaria de Saúde, a procura tem sido baixa nos primeiros dias de vacinação. Ele entende que os meninos ainda não tenham procurado porque é uma novidade.

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No entanto, ele explica que em breve serão criadas estratégias para chamar a atenção da população. Uma das ideias é criar parceria com a Secretaria de Educação para alcançar esse público na escola e o sensibilizando para a importância da vacina.

– O jovem tem que ter a consciência de cuidar do seu corpo e da saúde. Tem que ter esse conhecimento e usar aquilo que temos disponível para se proteger, que é a vacinação. Se tem, por que não fazer? – questiona.

O que é o HPV?

O HPV é um vírus que atinge a pele e a região subcutânea, gerando verrugas genitais e lesões que podem causar doenças mais graves, como o câncer de colo de útero, garganta, pênis ou ânus, além de ser porta de entrada para doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como o HIV e a sífilis.

O vírus é altamente contagioso e a transmissão ocorre, principalmente, pelo contato sexual. O portador do vírus não percebe os sintomas até o aparecimento das lesões, que podem demorar meses ou até anos para se manifestarem.

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– Muitas vezes a própria lesão é imperceptível porque a pessoa acha que é uma espinha ou porque não incomoda ou não sente dor na prática sexual. Ela acaba vivendo a vida inteira com a lesão – explica o enfermeiro.

O diagnóstico do HPV é realizado pelo médico, geralmente, em exames de rotina ou exame clínico. O tratamento da doença dependerá de como o vírus de manifestou e qual o grau e localização da verruga ou lesão.