No colo de um bombeiro, Claudio Gabriel da Silva Pires, de quatro anos, tocou o sino da vitória em comemoração ao final de tratamento do câncer. Ajoelhada no chão ao lado dos dois, a mãe, Ivonete Aparecida da Silva, chorava agradecida pelo fim de uma jornada que durou cerca de um ano. Durante o período, encerrado nesta quinta-feira (11), o menino e a mãe vinham todos os meses de Santa Cecília, no Meio-Oeste de Santa Catarina, para Florianópolis. 

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O trajeto de sete horas era feito para a criança tratar o tumor de wilms – tumor maligno no rim – no Hospital Infantil Joana de Gusmão. Após duas cirurgias e sessões de quimioterapia e radioterapia a cada 21 dias, as badaladas do sino comemoraram o que a mãe, aliviada, chamou de um milagre. 

— Ele é um milagre de Deus. Não foi fácil esse último ano. Eu vinha para Florianópolis com ele, mas meu medo era de retornar sem meu filho. É uma doença severa, que atinge não somente a criança, mas a família toda. Hoje o dia é de felicidade para a família e para os irmãos dele. Agora vamos começar a viver — disse Ivonete. 

Claudio é fã dos bombeiros, e tocou o sino fardado. A emoção contagiou os militares. Para Richard Stupp, tenente do CBMSC, o pequeno é o verdadeiro super-herói. 

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— A emoção tomou conta de todos. O sentimento é de gratidão por fazer parte deste momento. Isso nos motiva ainda mais para continuarmos com a nossa missão de proteger as pessoas — disse.

O diretor do Hospital Infantil Joana de Gusmão, Maxiliano de Oliveira, explica que o sino é uma iniciativa das médicas e das enfermeiras do serviço de oncologia pediátrica e é batido no término do tratamento e na alta do paciente. 

— O sentimento é de muita emoção e gratidão. É um preenchimento completo do espírito dos profissionais. Observa-se nos olhos de cada profissional a emoção e a sensação do dever cumprido — falou Oliveira. 

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