O menino de 10 anos que ficou gravemente ferido após ter contato com um resíduo de uma empresa de Três Barras, no Planalto Norte de SC, teve alta nesta quarta-feira (31), no Hospital Infantil Joana Gusmão, de Florianópolis.

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Apesar disso, segundo a mãe da criança, Sabrina Cornelsen, o menino está com dois curativos e vai precisar de vários medicamentos, incluindo para dor e coceira. 

— Até sarar totalmente sempre vai ter dor — explica. 

De acordo com ela, a família precisará voltar para Florianópolis na próxima terça-feira (6) para fazer consultas. Para diminuir os custos, eles voltaram para Canoinhas. 

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O prontuário do garoto aponta que ele sofreu “queimaduras com produto químico”. Com exclusividade, a reportagem do A Notícia teve acesso ao documento emitido pelo hospital. 

Em primeiro contato, a Mili, empresa envolvida no caso, alegou que o produto trata-se de um calcário para recuperação da acidez de solo e não confirmou a existência de químicos na composição. Procurada novamente pela reportagem, a indústria não se manifestou.

Desde que deu entrada no hospital, a criança passou por avaliação de diferentes médicos e todos apontaram o mesmo diagnóstico inicial. A ficha descreveu medicação prescrita durante o período e a lista contava com remédios de alto poder analgésico, como a morfina, por exemplo.

A Polícia Civil confirmou que abriu um inquérito para investigar o caso e que uma equipe foi ao local do acidente, ainda na semana passada, para coletar amostras da substância responsável pelos ferimentos e um laudo pericial deve indicar qual o tipo do produto.

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Até que saia este resultado, portanto, de acordo com o delegado Nelson Nadal, não há nenhum tipo de impeditivo para distribuição do resíduo por parte da indústria. Por nota, a companhia informou que passaria a alertar os agricultores que recebem o produto sobre o ocorrido.

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