O menino de oito anos Vitor Levi de Mira, que morreu atropelado por um carro que vinha na contramão, na zona Leste de Joinville, já havia escolhido o presente de aniversário de nove anos: um carrinho com controle remoto. Os planos para o dia 16 de julho também incluiam fazer uma festinha para comemorar a data com os amiguinhos.

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No entanto, o planejamento dele foi interrompido de forma trágica na tarde de sexta-feira. Ele morreu depois de ser atropelado na frente da própria casa no bairro Parque Joinville.

O menino não tinha o hábito de brincar na rua mas, naquele dia, havia pedido várias vezes para a mãe deixá-lo andar de patinete.

– Como a rua não é muito movimentada e, normalmente, os carros respeitam a velocidade máxima de 40 quilômetros por hora, ela deixou. O “por favor” dele derretia qualquer pessoa – contou o padrasto Diego Cleber Alves de Lima, com lágrimas nos olhos.

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Vitor morava com a mãe e o padrasto há cerca de quatro meses na casa nova. Eles se mudaram depois que o casal, que já namorava há cinco anos, decidiu morar juntos. Antes disso, o menino e mãe moravam com os avós maternos e a madrinha na mesma rua.

Segundo o padrasto, Vitor costumava passar as tardes brincado dentro de casa, de carrinho ou no vídeo-game e, duas vezes por semana, fazia aulas de karatê. O menino também era fã do Neymar.

– Ele não tirava a camisa do Neymar que havia ganhado do pai dele. Durante os jogos, ele ainda tinha vuvuzela e o apito para torcer pelo Brasil na Copa do Mundo – lembra Diego.

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O padrasto conheceu Vitor quando ele ainda era pequeno. Desde que passaram a morar juntos, ele acordava o menino para ir para escola e o ajudava a colocar o aparelho de audição. Depois que Vitor voltava da escola, os dois assistiam a desenhos animados antes de almoçar. As tardes eram divididas com a mãe e a avó, pois Diego trabalha.

– Ele era muito apegado aos avós, tomava café com eles quase todos os dias. Ainda nesta sexta-feira, ele estava esperando o avô voltar da padaria para ir na casa deles – recorda Lourdes, tia avó do menino.

No velório, assim com a tia avó de Vitor, familiares e vizinhos lembravam com carinho do sorriso que o menino de apenas oito anos estampava no rosto todos dias.

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