A saga da mãe de Lucas Vinicius de Souza, que acabou de completar oito anos, pela independência do filho está finalizada. Há exatos 30 dias, o garoto que sonha em poder jogar bola com os amigos, conseguiu fazer a cirurgia para a correção dos pés, que o privava de caminhar sozinho e até mesmo de ficar em pé.
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Os sorrisos nos rostos de Lucas, da mãe, Marilete Martins, e da tia, Maria Martins, que cuidava dele desde quatro meses enquanto a mãe trabalhava, são contagiantes. Com semblante de satisfação e de sonho realizado, a família que vivia a angústia da fila de espera do Hospital Infantil Joana de Gusmão, da Capital, substituiu o sentimento desagradável por gratificação.
A cirurgia, tão desejada, foi patrocinada por uma empresa privada, que não quer se identificar, de Florianópolis. No dia 19 de julho, Lucas passou por uma operação para a correção do pés, que faziam rotação de 90º graus e impedia da criança ter uma vida mais independente.
– Não acreditei quando minha irmã ligou dizendo que queriam pagar a cirurgia depois que a matéria saiu no jornal. Chorei muito, pois uma pessoa que nunca nos viu queria nos ajudar. Foi um presente de Deus, que caiu do céu-desabafa a mãe de Lucas.
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Futuro garantido
Para a tia Maria, esse aniversário de oito anos, comemorado na terça-feira, foi o melhor de toda a vida do sobrinho:
– Foi um pesadelo em nossas vidas que acabou. O futuro dele agora está garantido, pois vai poder trabalhar e procurar emprego sozinho. Será independente.
Marilete confessa que não vê a hora do filho estar brincando com os amigos e primos. Por enquanto, ele fica em uma cadeira de rodas, que foi emprestada para que não fique apenas deitado. Com ela, ele consegue ir pra varanda, tomar sol, ler, desenhar e pintar, uma das atividades que mais gosta. Como está afastado da escola, todo o conteúdo está sendo aplicado em casa, com auxílio da mãe, que parou de trabalhar para cuidar de Lucas.
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– Estou muito feliz. Agora, ele vai poder tocar a vida dele sozinho, e não vai mais só olhar os amigos brincarem. Vai poder brincar junto. Pra mim, não existe mãe mais feliz do que eu-conta Marilete.
A cirurgia foi tranquila e a recuperação está excelente, segundo a mãe. Tudo correu bem e Lucas não apresentou febre, nem infecção.
A expectativa agora é da retirada dos gessos, que deve demorar mais dois meses. Depois, com fisioterapia e apoio de muletas, Lucas poderá finalmente concretizar a vontade de usar a sua bola de futebol com o pés.
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