Uma briga entre dois meninos de seis anos, durante uma aula de educação física em uma escola da rede municipal de ensino na zona Norte de Joinville será o tema de uma reunião polêmica nesta terça-feira na Secretaria de Educação.
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A professora deixou um dos alunos, uma criança de seis anos, de castigo. O menino foi proibido de participar das aulas da disciplina durante quase uma semana inteira. A mãe procurou a direção, conselho tutelar e até registrou um boletim de ocorrência para tentar resolver a situação. Nesta terça, a resposta deve vir à família.
A professora que aplicou o castigo na escola será chamada na Gerência de Ensino, junto da direção da unidade, para uma reunião pedagógica, onde todas as partes serão ouvidas. De acordo com a Secretaria de Educação, o castigo não deveria ter sido aplicado e isto não pode mais ocorrer, principalmente porque se trata de uma criança de seis anos.
O caso ocorreu há duas semanas, quando dois meninos brigaram por causa de um brinquedo na educação física. Um deles acertou o nariz do amiguinho, que começou a sangrar.
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– Quando me contaram o que meu filho fez, a primeira coisa que fiz foi ir até à casa da família da outra criança. Sou catequista e a mãe dele também. Nos conhecemos. E eles entenderam tranquilamente a situação, resolvemos ali – disse a mãe da criança.
Quatro dias depois, em uma segunda-feira, veio a surpresa. Durante uma aula na catequese, crianças comentaram que o filho da catequista ficou de castigo na escola. Eles falaram que a professora levou o menino até a aula de educação física mas o mandou ficar encostado na parede, só olhando.
A mãe chegou a perguntar ao filho o que aconteceu, mas o pequeno não quis responder. Apenas confirmou que estava de castigo. O que a deixou bastante revoltada.
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– Avisei a diretora no dia que aconteceu que deixaria meu filho de castigo. Eu o proíbo de brincar do computador, de usar alguns brinquedos, para ele brigar de novo. Mas aplicar um castigo em uma criança de seis anos, depois de quatro dias, não é justo. Como a criança pode analisar uma coisa dessas? – questiona a mãe.
Na quarta-feira de semana passada, mãe, professora e a diretora conversaram. Mas a solução não chegou. De acordo com a mãe, apesar da direção discordar da punição e pedir à professora que o seja castigo seja deixado de lado, a educadora foi irreversível.
– Ela disse que ninguém podia se meter na aula dela – afirma a mãe.
Na quinta, novamente, a criança não pode participar da aula de educação física. Por opção, a mãe deixou de levar o menino para a escola. Ontem, a criança não foi novamente.
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– Ele ficou assustado, está caidinho. Eu quero, com isso tudo, que a professora mude de postura. Acho que o castigo na escola não é a solução. E se ela não mudar de postura, acredito que deveria ser afastada da escola – avalia.
Após saber que uma reunião será realizada, a mãe levará a criança para escola nesta terça-feira.
Polêmica nas redes sociais
Na semana passada, pelas redes sociais, outra discussão envolveu uma escola de Joinville. Inconformada por ser advertida pela direção da escola onde a filha estuda, a mãe de uma aluna de 16 anos da zona Norte de Joinville resolveu desabafar no Facebook e levantou uma discussão que envolveu mais de 3,6 mil pessoas em menos de 24 horas.
Segundo ela, a menina estuda à noite em uma escola da rede pública e teria sido constrangida pela direção da instituição por usar um vestido considerado muito curto. A gerente regional de educação, Dalila Leal, informou nesta quinta-feira que a Gered está acompanhando de perto o caso.
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