O sonho de conhecer o mundo vai se realizar. A família de Balneário Camboriú que ganhou mais de R$ 270 mil no programa do Domingão com Huck, no último domingo (2), quer fazer mochilão para conhecer sete países. O dinheiro será utilizado por Elis e o filho, Caio, que tem autismo e sonha ser um chefe de cozinha em Paris.

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O roteiro da viagem está pronto, segundo o que contou Elis ao NSC Total. A família pretende passar pela Inglaterra, Espanha, Itália, Portugal, França, Índia e Indonésia. Sem previsão de volta para o Brasil, Caio quer fazer parada obrigatória para estudar culinária.

— Desde que tinha cinco anos, ele falava que queria ser chef de cozinha. Aí eu perguntava onde ele iria estudar e ele respondia: Le Cordon Bleu, em Paris, e eu nem sabia o que era — conta a mãe.

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Le Cordon Bleu é uma escola de culinária na França. De acordo com Elis, a família pretende matricular o Caio em um curso da instituição. A escolha do roteiro se deu principalmente pela culinária, a exceçõa, segundo Elis, é a Inglaterra, onde o filho quer conhecer a faixa de pedestres dos Beatles.

Caio, que é surfista, tem 17 anos e ainda está na escola. Por esse motivo, a viagem ainda não tem data definida. 

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Antes de ir ao programa do Luciano Huck, a família já planejava sair do país. Elis conta que iria primeiro para a Espanha sozinha tentar emprego e voltaria para pegar o filho depois.

— Eu estava triste um dia porque talvez precisasse ir com pouco dinheiro e fui tomar um café em uma conveniência aqui perto. Ai falando sobre como eu estava chateada, o filho do dono me disse para eu me inscrever no The Wall — relembra.

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Elis conta que não iria fazer a inscrição se ninguém tivessem insistido.

— Fiz a inscrição em um sábado e na quarta fui chamada. Disseram que se comoveram muito com a história. Eu nunca imaginei, imagina se alguém iria comprar a história de uma mãe que quer fazer viajar com o filho autista — conta.

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— Quando eles falaram que nós iríamos, o Caio gritou, chorou, fez escândalo —continuou.

A família quer viajar e fazer um documentário para dar dicas de lugares de fácil adaptação de um autista. No entanto, aguarda patrocínios para a ideia sair do papel.

“Autistas precisam ser livres”

Elis descobriu o autismo de Caio quando ele tinha nove anos. Desde lá, como mãe solteira, passou por diversas dificuldades. No entanto, conforme conta, Caio mudou muito e tem sonhos como qualquer outra pessoa.

— Autistas podem ser livres, não precisam ficar presos em casa. Eu quero pedir a todas as mães que nunca deixem de estimular o filho de vocês. Nunca limitem o filho de vocês, porque o mundo já faz isso. No momento que você expõe seu filho ao mundo, ele entende o mundo. E o mundo entende ele. E fica muito mais fácil, muito mais leve — disse ela durante o programa no domingo.

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Caio, que assistiu o jogo The Wall em solo catarinense, ficou feliz com o prêmio e agradeceu ao programa pela oportunidade.

— Eu quero agradecer pela linda oportunidade de viajar pelo mundo com minha mãe – afirmou

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