Um menino de 8 anos decidiu costurar máscaras e dar de presente para os colegas de escola em Joinville. Victor Krischanski Rosa do Nascimento teve a iniciativa para ajudar um dos amigos, mas estendeu para toda a turma e se tornou exemplo de solidariedade na Escola Municipal Professora Zulma do Rosário Miranda, no bairro Costa e Silva.
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A ideia surgiu após o menino descobrir que um dos amigos tinha apenas duas máscaras. Uma usava para ajudar o pai e outra para ir à escola. Consciente da necessidade do uso da proteção durante a pandemia, Victor também se demonstrou preocupado com a saúde dos amiguinhos e seus familiares.
– Estou ajudando meus amigos a não perder mais ninguém da família porque eu já perdi dois tios por causa dessa Covid – disse em entrevista à NSC TV.
Filho de costureira, Victor colocou as mãos na massa quando descobriu que a mãe tinha alguns panos sobrando e começou a transformá-los nas máscaras. As primeiras foram entregues aos familiares e aprovadas nos testes. O segundo passo foi confeccionar os presentes para os colegas de classe.
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Na semana do Dia das Crianças, ele entregou as máscaras pra todos da turma e ainda acrescentou um bombom como presente. Foi uma surpresa para os amigos e também para a professora Silvania Vanderlinde.
– Quando eu fiquei sabendo fiquei encantada. É um orgulho para uma professora porque a gente trabalha para fazer que as crianças sejam adultos maravilhosos. Eu imagino que uma atitude dessa só nos mostra que a gente ainda tem que ter esperança no futuro – contou à NSC TV.
Habilidade com a máquina de costura
Victor cresceu em meio aos tecidos e máquinas de costura. A mãe Adriana, as tias e a avó são costureiras e o menino sempre gostou de observar o trabalho delas. Ele aprendeu a usar a máquina há cerca de quatro meses com a ajuda de Adriana.
– Ele sempre despertou a curiosidade de saber como a máquina funcionava. Até na parte das peças, quando o mecânico vem arrumar, ele fica observando para ver como é que mexe. Eu falei que, quem sabe, ele vai ser nosso futuro mecânico – contou a mãe.
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Para a produção das máscaras, Victor contou com a ajuda de Adriana, mas foi ele quem desenhou o molde e também fez algumas sozinhas na máquina, sob supervisão da mãe.

Fronhas e travesseiros para moradores de rua
As máscaras foram apenas o início da demonstração de empatia por parte do menino. Agora, ele trabalha na confecção de fronhas e travesseiros para entregar aos moradores de rua de Joinville. A ideia surgiu durante os passeios de Victor e a mãe pelo Centro da cidade.
– Os andarilhos não têm lugar para deitar, eles deitam em papelão, na rua. Eu me sinto muito feliz (em ajudar) porque assim não deixo eles ficarem com frio, deixo eles bem agasalhadinhos – disse Victor.
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Em entrevista à NSC TV, o menino disse que aprendeu com os pais a ser solidário e se importar com as outras pessoas. Adriana conta que já ajuda instituições com seu trabalho como costureira e se sente comovida em ver a atitude do filho.
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– Eu fiquei muito orgulhosa em saber que ele tem essas atitudes, que observa bem as coisas ao redor. Fico feliz por ele ser um menino assim – comemorou.
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