O menino de três anos que foi baleado na madrugada da última sexta-feira, no bairro Jarivatuba, na zona Sul de Joinville, continua internado em estado grave. Ele está na UTI do Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria. O pai, de 24 anos, foi preso em flagrante, por tentativa de homicídio, e encaminhado ao Presídio Regional de Joinville

Continua depois da publicidade

Leia mais informações de Joinville e região no AN.com.br

De acordo com informações do comandante do 17º Batalhão da Polícia Militar, o tenente-coronel Hélio César Puttkammer, o tiro pode ter sido acidental. No entanto, o delegado Elieser José Bertinotti, responsável pelo caso, afirmou que a apuração, inicialmente, aponta que o pai teria efetuado o disparo.

– Agora vamos esperar os laudos e ouvir as testemunhas para finalizar o inquérito – explica.

Continua depois da publicidade

O caso aconteceu por volta das 3 horas. Além do menino e do pai, estavam na casa a mãe da criança, uma irmã mais nova e o avô paterno. Após o disparo, o casal levou a criança para o PA Sul, onde recebeu os primeiros atendimentos antes de ser encaminhado ao hospital. O tiro atingiu a região abdominal do menino. Foi a equipe do PA que acionou a Polícia Militar e o Conselho Tutelar.

À polícia, num primeiro momento, o pai teria dito que alguém disparou o tiro pela janela da casa, acertando o menino. Em uma averiguação no local, no entanto, a polícia acreditou que a informação não era verdadeira. Eles realizaram buscas e encontraram, no terreno do vizinho, um revólver calibre 38, seis munições – uma delas deflagrada – e um pino de cocaína. Outra versão apresentada, segundo a PM, é a de que o pai dormia armado na mesma cama que o menino, e o disparo teria ocorrido acidentalmente.

O pai permaneceu calado durante o primeiro interrogatório na Polícia Civil e a mãe ainda não foi ouvida. Segundo Bertinotti, o homem não tem histórico de condenações, mas constam boletins de ocorrência por diversos motivos contra ele, incluindo por agressão. O delegado tem prazo de dez dias para concluir o inquérito.

Continua depois da publicidade

O Conselho Tutelar aguarda relatório da assistência social do hospital para dar início à apuração. A principal preocupação, de acordo com o conselheiro Cristóvão Petry, é confirmar a existência de outro filho do casal e garantir a segurança dele. Até o momento, não há nenhum relato anterior contra a família.

Armas e munições foram apreendidas pela polícia. Foto: Divulgação

* “A Notícia” omite o nome do menino e do suspeito para preservar a identidade da criança, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).